O inverno chegou! Por que dormimos mais nessa estação? 5k5w65
Estudo analisou quase 300 pessoas com dificuldades relacionadas ao sono e descobriu influências do período do ano no repouso 1o3j3l

Aquela luta para sair da cama nos das mais frios não é preguiça por si só. Novas pesquisas sugerem que, embora os seres humanos não hibernem como outros animais, podemos precisar de mais sono durante o inverno. É o que constatou um experimento publicado na revista acadêmica Frontiers in Neuroscience.
O sono se inicia logo quando fechamos os olhos, mas amos por várias fases até chegar ao estágio REM, do inglês Rapid Eye Movement, que significa “movimento rápido dos olhos”. Trata-se de uma etapa mais profunda, momento em que o corpo realmente consegue relaxar. E é no inverno que as pessoas mais alcançam esse estágio. Essa foi a descoberta dos cientistas ao avaliar pessoas com problemas para dormir.
Outro tópico abordado da análise foi o tempo total de sono, que parece ser cerca de uma hora a mais no inverno do que no verão. No entanto, a faixa de sono REM – conhecido por estar diretamente ligado ao relógio circadiano, que é afetado pela mudança de luz – foi 30 minutos superior no inverno do que no verão, mesmo em uma população urbana com dificuldades relacionadas ao sono.
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No estudo, foram recrutados 292 pacientes que aram por exames chamados de polissonografias, em que se a uma noite dormindo numa clínica sendo monitorado por aparelhos e médicos. O método é realizado regularmente em pessoas que apresentam queixas relacionadas ao sono ou suspeita de apneia e insônia.
Os pesquisadores dizem que, se as descobertas da experiência puderem ser replicadas em pessoas com sono saudável, forneceriam a primeira evidência da necessidade de ajustar os hábitos de sono à estação – talvez indo dormir mais cedo nos meses mais escuros e frios.
“A sazonalidade é onipresente em qualquer ser vivo neste planeta”, disse Dieter Kunz, autor do estudo. “Em geral, as sociedades precisam ajustar os hábitos de sono, incluindo duração e tempo de acordo com a estação, ou ajustar os horários escolares e de trabalho às necessidades fisiológicas sazonais”, completou o pesquisador da Clinic for Sleep & Chronomedicine do Hospital S.t Hedwig, na Alemanha