Ucrânia e Rússia libertam 270 soldados e 120 civis cada na maior troca de prisioneiros desde 2022 2w1t2y
Proposta foi firmada durante as negociações na Turquia, marcadas pela falta de um acordo de cessar-fogo, na semana ada 4dc6h

A Rússia e a Ucrânia iniciaram nesta sexta-feira, 23, a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. Foram libertados 270 soldados e 120 civis de ambos os países, de acordo com o Ministério da Defesa russo. A proposta foi firmada durante as negociações na Turquia, marcadas pela falta de um acordo de cessar-fogo, na semana ada. Ao todo, cada lado deverá soltar 1.000 detentos na fronteira entre Ucrânia e Belarus, aliada da Rússia.
“Estamos trazendo nosso povo para casa”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. “A primeira etapa do acordo de troca ‘1000 por 1000’ foi cumprida.”
“Agradecemos a todos que estão ajudando e trabalhando 24 horas por dia, 7 dias por semana, para trazer homens e mulheres ucranianos de volta para casa. “É muito importante devolver todos os que permanecem em cativeiro. Estamos verificando cada sobrenome, cada detalhe sobre cada pessoa. Continuaremos nossos esforços diplomáticos para tornar essas medidas possíveis”, acrescentou ele.
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Tratativas em Istambul 4o2j3y
Representantes da Rússia e da Ucrânia reunidos na Turquia para a primeira negociação direta entre os países concordam na última sexta-feira, 16, com a troca de prisioneiros. Na ocasião, o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, adiantou à emissora ucraniana Suspilne, que o processo teria início “no futuro próximo” e uma data já havia sido definida, mas não seria divulgada “ainda”.
Apesar do consenso em torno dos prisioneiros, a negociação entre Moscou e Kiev terminou em pouco menos de duas horas, sem qualquer avanço em direção a um cessar-fogo. A Ucrânia acusou a Rússia de introduzir novas “exigências inaceitáveis” para a retirada das forças ucranianas de vastas áreas do território, segundo uma fonte que participou da reunião e falou à agência de notícias Associated Press.
O presidente russo, Vladimir Putin, propôs no domingo, 11, discussões diretas com Kiev em Istambul. Em resposta, Zelensky havia dito que aguardaria o líder do Kremlin na Turquia. Mas, depois de manter o mundo na dúvida por dias sobre os planos russos, o Kremlin nomeou na noite de quarta-feira, 14, uma delegação de escalão inferior, que não incluía o presidente. A mudança de planos foi descrita pelos aliados europeus de Kiev como uma afronta.
Zelensky cancelou, então, sua presença nas negociações devido ao “desrespeito” de Putin, mas disse que decidiu enviar uma delegação a Istambul, mesmo com a Rússia tendo enviado uma equipe de nível inferior, a fim de sinalizar ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que a Ucrânia permanece comprometida com o fim da guerra.