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Sob a mira de Trump, Groenlândia realiza eleições nesta terça-feira 1p51c

Ilha é disputada por posição estratégica no Círculo Polar Ártico e grande riqueza mineral no subsolo 3c2y26

Por Ernesto Neves Atualizado em 11 mar 2025, 11h41 - Publicado em 11 mar 2025, 11h34

Os moradores da Groenlândia vão às urnas nesta terça-feira, 11, atraindo máxima atenção da comunidade internacional. É algo inédito para a ilha de apenas 50 000 habitantes localizada dentro do Círculo Polar Ártico.

A razão é o interesse repetido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em adquirir o território custe o que custar.

A Groenlândia é controlada pela Dinamarca, país que está 3.000 km de distância.

A ilha tem autonomia para decidir assuntos internos, mas as decisões sobre política externa e de defesa são tomadas em Copenhague.

Agora, cinco dos seis partidos que participam das eleições são a favor da independência da Groenlândia da Dinamarca, diferindo apenas sobre a rapidez com que isso deve acontecer.

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A votação ocorre ao longo de 11 horas em 72 seções eleitorais e termina às 20:00, horário local, na terça-feira.

“O debate sobre a independência foi acelerado por Trump”, afirmou Masaana Egede, editora do jornal groenlandês Sermitsiaq.

A localização estratégica da ilha e os recursos minerais inexplorados chamam a atenção do presidente americano.

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Ele apresentou pela primeira vez a ideia de comprar a Groenlândia durante seu primeiro mandato, em 2019.

Desde que assumiu novamente o cargo, em janeiro, Trump reiterou sua intenção de adquirir o território. Os líderes da Groenlândia e da Dinamarca contestaram repetidamente suas exigências.

No entanto, ao discursar no Congresso na semana ada, Trump novamente reforçou a posição.

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“Precisamos da Groenlândia para a segurança nacional. De uma forma ou de outra, vamos consegui-la”, disse ele, provocando aplausos de vários políticos, incluindo o vice-presidente, JD Vance.

Em Nuuk, as palavras do presidente americano repercutiram entre os políticos locais, que rapidamente as condenaram.

“Merecemos ser tratados com respeito, e não acho que o presidente americano tenha feito isso desde que assumiu o cargo”, declarou o primeiro-ministro, Mute Egede.

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Ainda assim, os Estados Unidos tem incentivado a Groenlândia a se separar da Dinamarca, com grande parte do debate girando em torno de quando – e não se – o processo de independência deve começar.

A busca pela independência não é recente e vem sendo discutida há décadas.

Revelações sobre os maus-tratos sofridos pelos inuítes sob domínio dinamarquês abalaram a opinião pública da Groenlândia em relação à Dinamarca.

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No início deste ano, o primeiro-ministro afirmou que o território deveria se libertar “das amarras do colonialismo”.

No entanto, esta é a primeira vez que o tema ganha protagonismo em uma eleição.

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