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Síria: violência que não tem fim 5c4h6w

Fala-se em até 700 civis, inclusive famílias inteiras, barbaramente assassinados, o que levou a população às ruas para protestar contra a violência a2b

Por Ernesto Neves Atualizado em 14 mar 2025, 13h32 - Publicado em 14 mar 2025, 06h00

Dividida entre grupos armados rivais e dilacerada por anos de guerra civil, a Síria parecia ter virado uma página quando, em dezembro, uma milícia islâmica desceu do norte até a capital, Damasco, e em questão de dias depôs o ditador Bashar al-Assad para tomar o poder. Em seguida, o líder do grupo e autoproclamado presidente interino, Ahmad al-Sharaa, trocou o uniforme militar por terno e gravata e declarou inaugurado um governo de união nacional, com vaga promessa de eleição futura e estímulo à volta dos milhões de sírios que buscaram abrigo em outros países. A confiança no discurso de Al-Sharaa, que nunca foi grande — seu ado de combatente tem laços com os extremistas da Al Qaeda e do Estado Islâmico —, despencou quando as forças de segurança do novo governo promoveram um massacre em cidades de população alauita, a seita minoritária que a família Al-Assad instalou na cúpula política e militar e que dominou a Síria com mão de ferro por mais de meio século. A emboscada de uma patrulha no domingo 9 desencadeou os confrontos que, segundo fontes locais, resultaram na morte de mais de 1 000 pessoas em quatro dias — fala-se em até 700 civis, inclusive famílias inteiras, barbaramente assassinados, o que levou a população às ruas para protestar contra a violência. Será preciso muito mais do que discursos e visitas a mandatários estrangeiros para que Al-Sharaa convença o mundo de que a cruel dinastia Al-Assad não foi substituída por radicais empenhados em prolongar o sofrimento dos sírios.

Publicado em VEJA de 14 de março de 2025, edição nº 2935

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