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Papa faz oração a vítimas de guerras após Rússia lançar seu maior ataque à Ucrânia 4l1r1j

Leão XIV lembrou 'todos os povos que sofrem' com conflitos. Governo russo já havia recusado oferta do Vaticano para sediar negociações de paz 5n5g58

Por Felipe Erlich SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 25 Maio 2025, 15h51 - Publicado em 25 Maio 2025, 15h29

Em sua primeira oração dominical, o papa Leão XIV chamou atenção para pessoas vítimas de guerras em diferentes regiões do mundo. “A nossa oração abraça todos os povos que sofrem por causa da guerra”, disse neste domingo, 25, da janela do Palácio Apostólico, residência oficial do papa. “Invoquemos coragem e perseverança para quem trabalha no diálogo e na busca sincera da paz.”

A declaração ocorreu horas depois da Rússia lançar seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde a escalada do conflito entre os dois países, em 2022. O país comandado por Vladimir Putin mobilizou 367 mísseis e drones durante a noite de sábado, 24, segundo a Força Aérea Ucraniana. A ofensiva matou ao menos 14 pessoas, incluindo três crianças, e dezenas ficaram feridas. Por ter civis como alvo, o ataque foi classificado como “terrorista” pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que pediu mais sanções contra a Rússia como reação.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, descartou a oferta de Leão XIV para que o Vaticano sirva como sede de uma negociação de paz entre Rússia e Ucrânia. Lavrov lembrou que ambos os países envolvidos no conflito são de maioria cristã ortodoxa, não católica. “Não seria muito elegante que países ortodoxos discutissem em território católico”, disse na sexta-feira, 23.

Ao defender que todos os povos possam “encontrar esperança” e “recuperar a dignidade”, o papa Leão XIV ofereceu o Vaticano como local onde qualquer guerra pode ser mediada. “A Santa Sé está sempre pronta para ajudar a reunir os inimigos, cara a cara, para que conversem uns com os outros”, disse em meados de maio.

A Rússia afirma que um desenho de acordo de cessar-fogo a ser apresentado para a Ucrânia está avançado, enquanto lideranças do país invadido por Moscou dizem não acreditar no desejo da Rússia por uma solução pacífica para o conflito.