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Nova estátua de Stalin no metrô de Moscou dá o que falar – mas Putin tem seus motivos 6f4a10

Inaugurado em uma das mais movimentadas estações da capital, monumento reflete tentativa do Kremlin de reescrever a história 52z64

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jun 2025, 15h34

Um monumento ao ditador soviético Josef Stalin foi inaugurado no mês ado em uma das estações mais movimentadas do metrô de Moscou, poucos dias após o Dia da Vitória, data que celebra o triunfo da antiga União Soviética sobre a Alemanha nazista na II Guerra Mundial. A escultura é uma réplica de um monumento que ocupou o mesmo local em 1950, três anos antes da morte do líder comunista.

A escultura em tamanho real, inaugurada na estação Taganskaya em comemoração aos 90 anos do metrô da capital russa, retrata o ex-governante rodeado por trabalhadores e crianças oferecendo flores. Um choque – sua imagem foi removida sistematicamente de locais públicos após sua morte, quando as barbaridades de seu regime vieram à tona, num processo que ficou conhecido como “desestalinização”.

O rompimento oficial com a figura de Stalin começou em 1956, quando o então premiê soviético, Nikita Khrushchov, denunciou seus crimes durante o 20º Congresso do Partido Comunista. A partir daí, estátuas foram derrubadas, seu nome foi apagado de canções patrióticas e seu corpo, antes exposto ao lado de Lenin no mausoléu da Praça Vermelha, foi enterrado discretamente junto aos muros do Kremlin.

Reescrever a história? 571

No entanto, com a ascensão de Putin ao poder, a imagem de Stalin começou a ser recuperada, mesmo com o conhecido histórico de repressão, expurgos e milhões de mortes atribuídas ao seu governo. Para críticos, a reintrodução de sua figura escancara a tentativa do Kremlin de reescrever a narrativa histórica soviética, especialmente em meio a escalada da guerra na Ucrânia.

A população reagiu de forma dividida. Muitos pararam para tirar selfies e deixar flores, enquanto outros expressaram desconforto. Alguns cidadãos chegaram a colar cartazes com falas do presidente russo, Vladimir Putin, lamentando os “crimes em massa contra o povo” de Stalin e dizendo que a modernização da União Soviética teve o preço de uma repressão “inaceitável”. Os dizeres, claro, foram logo removidos pelo Kremlin.

Poucas semanas antes da inauguração da estátua, Putin também assinou um decreto renomeando o aeroporto de Volgogrado como “Aeroporto Stalingrado”, como a cidade era chamada quando o Exército Vermelho Soviético derrotou as forças nazistas alemãs em uma das batalhas mais sangrentas da II Guerra Mundial.

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