Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90

Milei ameniza o tom após vitória na Argentina, e vizinhos pagam para ver 2e555r

Em um aceno amistoso, o novo presidente pôs à frente do Ministério da Economia o experiente Luis Caputo, ex-ministro do governo de Mauricio Macri 5u4p3v

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 dez 2023, 09h28 - Publicado em 22 dez 2023, 06h00

Cansados de guerrear com a política esfacelada entre caciques inoperantes e com a economia em frangalhos após anos de mau gerenciamento, os argentinos resolveram deixar aflorar sua alma dramática e romper com todos os padrões: com 55% dos votos, um recorde em eleições presidenciais, instalaram na Casa Rosada o economista Javier Milei, com sua cabeleira revolta, opiniões excên­tri­cas, gestos teatrais e projetos grandiosos para tirar a Argentina do buraco. No balaio de ideias disseminadas em campanha pelo político novato, que ficou conhecido defendendo uma cartilha ultraliberal — ou “anarcocapitalista”, como prefere — em programas de TV e rádio, coube de tudo um pouco: dolarizar a moeda, “dinamitar” o Banco Central, privatização radical da educação e da saúde, recuo na legalização do aborto, alerta máximo contra o “marxismo cultural” e distância dos “comunistas”, aí incluído o presidente Lula. Uma vez eleito, amenizou o tom e parece estar se esforçando para reconstruir pontes. Vizinhos e opositores, desconfiados, estão pagando para ver.

Em um aceno amistoso para quem temia que o circo pegasse fogo imediatamente, Milei pôs à frente do Ministério da Economia o experiente Luis Caputo, ex-ministro do governo de Mauricio Macri — no qual também foi, ironicamente, presidente do Banco Central, aquele mesmo que teria agora de dinamitar. Nas relações externas, o novo mandatário deixou de dizer que vai romper relações com a China “em favor do lado civilizado da vida” e mandou carta a Lula, a quem mais de uma vez insultou, convidando-o para a posse (ele não foi). Ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, vista como uma das figuras mais influentes do novo governo, teve um encontro em Brasília com o chanceler brasileiro Mauro Vieira antes mesmo de assumir o cargo. Em outro gesto de paz, Milei manteve no posto o embaixador Daniel Scioli, uma forma de deixar abertos os canais de comunicação entre os dois países. Scioli é peronista de raiz e sua permanência como representante de Milei no Brasil retrata outro tento marcado pelo cabeludo radical: impor uma derrota histórica ao movimento que mandou na Argentina por meio século.

Publicado em VEJA de 22 de dezembro de 2023, edição nº 2873

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única digital

Digital Completo 3n1yv

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo 1k27o

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.