Manifestações no Líbano acabam em confronto com duzentos feridos 3v6p46
Manifestantes protestam contra os políticos do país e os culpam pela crise econômica 314o50

Em Beirute, capital do Líbano, milhares de manifestantes marcharam neste sábado, 18, em direção ao Parlamento para protestar contra os políticos do país, acusados de levar a economia à crise financeira. A polícia utilizou de bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersá-los, mas uma batalha entre a as autoridades e os manifestantes se instaurou no local. O confronto deixou mais de duzentas pessoas feridas.
Segundo a Cruz Vermelha, tanto manifestantes quanto policiais tiveram que receber cuidados médicos. Imagens nas redes sociais mostram civis atirando pedras, disparando fogos de artifício e arremessando coquetéis molotov contra as forças de segurança, que respondiam com bombas de gás e jatos de água.
No Twitter, a direção de polícia do Líbano afirmou que seus agentes estavam expostos a ataques violentos e diretos em um dos os ao Parlamento. Por esse motivo, o órgão pediu que os “manifestantes pacíficos” ficassem longe do local. Com gritos de “não vamos pagar o preço”, a manifestação de hoje ganhou o nome de “sábado de raiva”.
O primeiro-ministro, Saad Hariri, que renunciou ao cargo em outubro devido à pressão das ruas, mas que segue no poder interinamente até que um novo governo seja formado, denunciou que houve “atos de sabotagem” para ameaçar a “paz social” do país.
Hariri também afirmou que não permitirá que Beirute volte a ser palco de “destruição e frentes de combate”, uma referência à guerra civil vivida pelo país entre 1975 e 1990, quando a cidade foi dividida em regiões controladas por diferentes facções religiosas.
Os protestos no Líbano voltaram a ganhar força nesta semana depois de um breve período de trégua durante as festas de fim de ano. O Parlamentar Hasan Diab foi encarregado de formar um novo governo depois da renúncia de Hariri, mas ainda não teve sucesso. Os manifestantes exigem que o novo primeiro-ministro seja independente e tenha experiência para tirar o país de uma profunda crise econômica.
(Com EFE)