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Líderes ocidentais voltam a cobrar provas de recuo de tropas russas 264d2k

Apesar de anúncios de Moscou de retirada de forças, incluindo da Crimeia, ainda há ceticismo entre EUA, Otan e aliados 362d5v

Por Matheus Deccache 16 fev 2022, 16h22

Os Estados Unidos e a Otan, principal aliança militar ocidental, voltaram a cobrar da Rússia garantias de que haverá um recuo de tropas, depois do anúncio de que soldados estão deixando a península da Crimeia, anexada da Ucrânia em 2014. O aviso da retirada feito pelo Kremlin ocorre um dia depois do governo russo dizer que forças militares também deixariam de forma parcial a região fronteiriça ucraniana. 

Apesar dos anúncios, aliados ocidentais dizem ainda não haver provas suficientes de que um recuo está acontecendo. De acordo com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, não há uma “retirada significativa” de militares russos na região fronteiriça. 

“Infelizmente, há uma diferença entre o que a Rússia diz e o que faz, e o que estamos vendo não é uma retirada significativa”, disse Blinken em entrevista à ABC nesta quarta-feira, 16. “O presidente Vladimir Putin desdobrou a capacidade de agir muito rapidamente. Ele pode puxar o gatilho hoje, ele pode puxar o gatilho amanhã, ele pode puxar o gatilho na próxima semana. As forças estão lá se ele quiser renovar a agressão contra a Ucrânia”, acrescentou.

Na última terça-feira, o secretário americano teve uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na qual insistiu que ainda existe uma janela aberta para uma solução pacífica para a crise, mas exigiu uma resposta crível e verificável por parte de Moscou.

Poucas horas depois, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em um discurso da Casa Branca que analistas americanos indicam que os militares russos “continuam em uma postura totalmente ameaçadora”. Segundo a inteligência americana, Rússia ainda teria mais de 150 mil soldados ao redor da Ucrânia, incluindo em parte de Belarus, maior número desde o início da crise.

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Ao mesmo tempo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o ministro de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, também disseram ter dúvidas a respeito de uma desescalada das tropas russas na região.

“De fato, temos visto uma contínua acumulação de recursos, como hospitais de campanha e sistemas estratégicos de armamentos”, afirmou. “Julgaremos a Rússia por suas ações, e até vermos uma desescalada adequada, acho que todos devemos permanecer cautelosos sobre os rumos do Kremlin”, ressaltou.

Para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, o número de soldados russos continua subindo, ao invés de estar diminuindo. 

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Assim como foi feito com o anúncio do recuo na fronteira, o Ministério da Defesa russo publicou vídeos em que é possível ver tropas e veículos militares em movimentação na ponte que liga a Crimeia à Rússia. No entanto, não há garantias de quando as imagens foram feitas e nem a quantidade de soldados envolvidos.

A Crimeia é uma região que ficou sob controle da Ucrânia durante o período soviético e, em um movimento considerado ilegal pelos EUA e aliados, foi anexada por Moscou em 2014.

Em resposta às acusações estrangeiras, o embaixador de Moscou na Irlanda disse que a avaliação da Otan está errada e que as tropas russas voltarão a seus postos entre três a quatro semanas.

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O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma confirmação terá consequências graves. Segundo Putin, uma eventual adesão do país vizinho à Otan é uma ameaça não apenas à Rússia, “mas também a todos os países do mundo”. De acordo com ele, uma Ucrânia próxima ao Ocidente pode ocasionar uma guerra para recuperar a Crimeia – território anexado pelo governo russo em 2014 –, levando a um conflito armado. 

A aliança, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados e pela própria Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira para preparar um ataque.

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