Israel atinge porto no Iêmen após ataque huti em Tel Aviv; Irã nega envolvimento 2f675o
Teerã apoia financeiramente o grupo rebelde iemenita, que controla grande parte de seu país; EUA vêm atacando a facção desde março 3l4l23

O Exército de Israel confirmou nesta segunda-feira, 5, uma série de bombardeios ao porto de Hodeidah, no Iêmen, em retaliação ao ataque lançado pelos hutis no domingo, 4, que atingiu o Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, ferindo seis pessoas. Enquanto o grupo rebelde afirou agir em solidariedade aos palestinos e acusam os Estados Unidos por novos ataques em Sanaa, o Irã tentou se distanciar, negando envolvimento na ofensiva da facção iemenita, que apoia financeiramente.
Os rebeldes, que controlam amplas áreas do Iêmen, inclusive a capital Sanaa, reivindicaram o ataque em apoio à população palestina e anunciaram um bloqueio aéreo contra Israel, exigindo que companhias aéreas suspendam voos para o país. No entanto, a eficácia do bloqueio é considerada improvável, diante da capacidade de defesa aérea israelense.
Em resposta, mais de dez bombardeios foram registrados no porto de Hodeidah e nos bairros de Al Salakhanah, Al Hawak e na estrada para o aeroporto do Iêmen. Segundo as Forças de Defesa de Israel, os alvos eram instalações e infraestrutura militar do “regime terrorista”. Uma fábrica de cimento também foi atingida. A cidade portuária é essencial para o abastecimento do país, por onde chegam cerca de 80% dos alimentos e combustíveis importados.
“Patrono” dos rebeldes 4d2y4a
O Irã, por sua vez, negou qualquer envolvimento nos ataques realizados pelos hutis, depois dos Estados Unidos apontarem o dedo para a nação islâmica. Em nota, o governo iraniano afirmou que “as ações dos iemenitas são decisões autônomas, motivadas por solidariedade ao povo palestino”.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu retaliar não apenas as ações dos hutis, mas também de seu “patrono”, em referência direta ao Irã. A ameaça foi reforçada por uma declaração do presidente americano, Donald Trump, no domingo, que afirmou: “Cada disparo dos hutis será tratado como um disparo do Irã”.
Enquanto isso, as forças americanas, que vêm realizando ataques contra infraestruturas e unidades huti desde março, foram apontados pelos rebeldes como responsáveis por novos bombardeios noturnos em Sanaa. Uma autoridade americana, sob condição de anonimato, afirmou ao jornal The Times of Israel que os Estados Unidos não participaram da ofensiva desta segunda-feira, embora tenha reconhecido uma coordenação estratégica com Israel.