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Irã cumpre acordo nuclear mesmo com sanções dos EUA, diz OIEA 5x5154

Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica é o terceiro, em 12 meses, a registrar o cumprimento das regras do acordo por Teerã m4jw

Por Da Redação Atualizado em 12 nov 2018, 18h34 - Publicado em 12 nov 2018, 17h59

O Irã continua respeitando os compromissos do acordo nuclear alcançado em 2015 com as grandes potências, afirmou a Agência Internacional de Energia Atômica (OIEA) em seu relatório trimestral publicado nesta segunda-feira. As sanções dos Estados Unidos contra Teerã, adotadas sob o pretexto do não cumprimento do acordo por parte dos iranianos, entraram em vigor há uma semana.

Esta é a terceira vez, desde novembro do ano ado, que a AIEA atesta o cumprimento das regras do acordo, com base em inspeções realizadas no local.  Desta vez, esta agência das Nações Unidas confirma especialmente que, no início de novembro, o Irã não havia enriquecido urânio em níveis proibidos nem efetuado armazenamentos ilegais, mesmo com a incidência das sanções americanas.

O objetivo desse acordo, firmado em 2015 entre o Irã, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Alemanha, a Rússia e a China, é garantir que o governo iraniano não esteja produzindo as matérias-primas necessárias para a construção de armas nucleares.

Em 5 de novembro, os Estados Unidos impam novamente as sanções que estavam suspensas desde a do acordo. O governo de Donald Trump sustenta que o Irã não está cumprindo o acordo e culpa Teerã por sua intervenção nos conflitos da Síria e do Iêmen. Desde então, Washington impôs “pressão máxima” contra a República Islâmica, como meio de forçar Teerã à renegociar o acordo.

As sanções afetam, sobretudo, os setores petroleiro e financeiro, cruciais para a economia do país. Apesar da retirada dos Estados Unidos, os outros signatários se comprometeram a fazer o possível para preservar o acordo e evitar que o Irã saia dele.

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Segundo o Plano Conjunto de Ação (JOA, na sigla em inglês), parte do acordo de 2015, o Irã está proibido de armazenar mais de 130 toneladas de água pesada, assim como mais de 300 quilos de urânio enriquecido, cuja pureza deve estar abaixo de 3,67%. Esses limites terão vigência de 10 a 25 anos e, na prática, impedem o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.

“O Irã não enriqueceu urânio acima de 3,67%”, informou a AIEA, em referência ao nível com o qual este combustível atômico só pode ser utilizado para aplicações civis, e não militares.

A República Islâmica aumentou ligeiramente o nível dessas reservas, ao ar de 139,4 quilos no fim de agosto para 149,4 quilos em 4 de novembro, assim que entrou em vigor o embargo dos Estados Unidos contra o país.

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Um diplomata com conhecimento de detalhes sobre as verificações no Irã afirmou hoje para a imprensa em Viena que a AIEA esteve recolhendo informações depois que as sanções foram reimpostas, “até o último sábado (10 de novembro)”.

“Não há indícios de mudança na forma de atuar do Irã desde 5 de novembro”, disse o diplomata em referência ao dia seguinte da entrada em vigor das últimas sanções americanas.

A AIEA afirma que Teerã mantém limitado o número de centrífugas ativas, os equipamentos utilizados para enriquecer urânio. Com 122,9 toneladas de água pesada registradas em 3 de novembro, a República Islâmica também segue abaixo das 130 toneladas que o JOA estabelece como limite.

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A água pesada é produzida na central de Arak, onde o Irã tinha planejado construir um reator com capacidade de gerar plutônio, um material que também serve para alimentar armas atômicas. Mas as  obras continuam paralisadas.

Teerã também continua dando pleno o aos inspetores da AIEA, ados seis meses da retirada dos EUA do JOA.  A agência confirmou que o Irã está facilitando a estadia e o trabalho de controle dos inspetores internacionais no Irã.

O Irã aplica o chamado “protocolo adicional” do Tratado de Não Proliferação Nuclear, que permite inspeções sem aviso prévio em qualquer instalação, embora não seja signatário. Nesse sentido, o órgão reconhece que a cooperação “pontual e ativa” do Irã “está facilitando a aplicação do protocolo adicional e melhorando a confiança”.

(Com EFE e AFP)

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