Gesto a Trump: Hamas confirma que libertará último refém americano nesta segunda 1g662p
Soltura ocorrerá enquanto primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, intensifica operações militares na Faixa de Gaza e nega qualquer cessar-fogo 6w571y

O Hamas anunciou que libertará o refém israelense-americano Edan Alexander, de 21 anos, nesta segunda-feira, 12. A soltura ocorre diante de uma turnê do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo Oriente Médio, e enquanto o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, intensifica as operações militares na Faixa de Gaza e nega qualquer cessar-fogo na guerra contra o grupo terrorista, iniciada em outubro de 2023.
O plano, conforme revelou o premiê na semana ada, é capturar todo o enclave palestino e impedir o retorno da população, estimada em mais de 2,3 milhões antes do conflito, às suas casas.
“Edan Alexander será libertado como parte dos esforços para alcançar um cessar-fogo, abrir as travessias de fronteira e permitir que serviços de ajuda e resgate cheguem ao nosso povo”, disse o Hamas em comunicado. Ele tinha 19 anos e servia como soldado em uma unidade da infantaria de elite na fronteira de Gaza quando foi levado ao cativeiro por membros do grupo palestino.
Após a declaração dos militantes, Netanyahu informou que os combates em Gaza serão pausados para permitir a agem segura de Alexander, sequestrado nos ataques de 7 de outubro. Três palestinos em Gaza disseram à agência de notícias Reuters que havia calmaria no território desde meio-dia, sem drones ou aviões cruzando o céu.
Visita de Trump k3j6t
Israel foi informado no domingo 11 sobre a decisão do Hamas de libertar o último refém americano sobrevivente um gesto de boa vontade ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O grupo teve discussões diretas com os EUA em Doha, capital do Catar, e citou “progresso” rumo ao cessar-fogo na Faixa de Gaza, afirmou uma autoridade islâmica agência de notícias AFP.
“Edan Alexander, refém americano dado como morto, será libertado pelo Hamas. Ótimas notícias!”, escreveu Trump na sua rede social, a Truth, nesta segunda-feira.
O republicano iniciará nesta segunda uma viagem por países do Oriente Médio, incluindo no itinerário Catar, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. Israel ficou de fora, mas espera-se que o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, que ajudou a organizar a libertação, visite o pais. A família de Alexander agradeceu aos dois, frisando em comunicado que esperava que decisão abrisse caminho para a libertação de outras pessoas.
Einav Zangauker, mãe do refém Matan, também aumentou as críticas a Netanyahu. O premiê, segundo ela, escolhe sua sobrevivência política no lugar de acabar com a guerra e permitir o retorno dos sequestrados – dos 59 mantidos em Gaza, acredita-se que apenas 21 estejam vivos. Em mensagem à Trump, que foi lida por Zangauker ao lado de famílias de outros reféns, ela exclamou: “O povo israelense está com vocês. Acabem com esta guerra. Tragam todos para casa”.
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Sem trégua 62174c
Apesar do otimismo do Hamas, o gabinete de Netanyahu destacou que “Israel não se comprometeu com nenhum tipo de cessar-fogo” e que “as negociações continuarão sob pressão, durante os preparativos para a intensificação dos combates”.
Na semana ada, o gabinete de segurança de Israel aprovou um plano para capturar todo o território da Faixa de Gaza e manter suas forças lá por um período indefinido. A medida expandiria de forma abrangente as operações israelenses no enclave.
Duas autoridades disseram à agência de notícias The Associated Press que o plano inclui o deslocamento de centenas de milhares de palestinos para o sul de Gaza. Outros representantes israelenses que falaram com a AFP acrescentaram que a expansão das operações “incluirá, entre outras coisas, a conquista da Faixa de Gaza e a manutenção dos territórios, movendo a população de Gaza para o sul para sua proteção”. Disseram ainda que a proposta abarca “ataques poderosos contra o Hamas”, sem dar detalhes sobre sua natureza.