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Contra desmonte de Milei, Avós da Praça de Maio buscam apoio internacional da UE 5z302o

Grupo denuncia cortes promovidos pelo governo contra instituições de busca por bebês desaparecidos durante ditadura militar argentina 1m6g38

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 Maio 2025, 16h46

Uma delegação da Abuelas de Plaza de Mayo (Avós da Praça de Maio) — organização que busca localizar e restituir crianças sequestradas ou desaparecidas durante o período da ditadura militar argentina (1976–1983) às suas legítimas famílias — se encontrará com autoridades da União Europeia em Bruxelas nesta segunda-feira, 19, para pedir apoio internacional em meio ao desmonte de políticas de memória e direitos humanos promovido pelo governo do presidente Javier Milei.

Durante o regime militar da Argentina, pelo menos 500 bebês de mães grávidas mantidas em cativeiro foram dados a famílias de militares que queriam adotar. A organização Avós da Praça de Maio hoje usa testes de DNA para identificar essas crianças roubadas ou desaparecidas na ditadura. De acordo com o grupo, 139 vítimas já foram encontradas, mas estima-se que muitas ainda não sabem de suas verdadeiras origens.

Segundo Claudia Poblete, que foi encontrada por sua família biológica depois que seus pais foram assassinados durante a ditadura militar argentina, um dos principais objetivos da viagem a Bruxelas é “explorar novas formas de financiamento para continuar a busca”.

“Há centenas de pessoas entre 45 e 49 anos que poderiam estar em qualquer lugar do mundo, até mesmo na Europa, e que não têm ideia de que foram sequestradas quando crianças”, disse ela. 

A viagem das Avós à Europa ocorre após um apelo internacional feito por Estela de Carlotto, de 94 anos, fundadora e presidente do grupo, em dezembro do ano ado. 

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Desmonte de Milei 371j5s

Desde que assumiu o poder em 2023, Milei tem promovido cortes contra órgãos responsáveis por investigar os crimes da ditadura, como o Banco Nacional de Dados Genéticos (BNDG) e equipes de análise de arquivos militares. Organizações de direitos humanos denunciam uma tentativa de apagar a memória dos crimes de Estado.

No Arquivo Nacional de Lembrança argentino, metade da equipe de investigação foi demitida sob a istração de Milei. Agências estaduais, incluindo o Registro Central de Vítimas do Terrorismo de Estado e a Comissão de Identidade Nacional (CONADI), que ajudam a investigar os crimes da ditadura, também sofreram cortes de pessoal.

“Sob o pretexto da reforma econômica, o governo argentino está aproveitando a oportunidade para desmantelar e desfinanciar muitas das instituições dedicadas à busca dos desaparecidos, como a Comissão Nacional pelo Direito à Identidade, que trabalha para rastrear crianças que foram levadas”, disse Claudia Poblete, acrescentando que “o estado tem o dever de encontrar os desaparecidos.”

O ex-secretário de Direitos Humanos da Argentina e também filho de desaparecidos, Horacio Pietragalla, afirmou que “a busca precisa continuar”, visto que “há mais de 250 pessoas que não sabem que são filhos de desaparecidos, e muitas delas vivem hoje na Europa.”

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