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Chanceler da Alemanha se despedirá de cargo ao som de ‘hino’ feminista 595p54

Cerimônia militar marca transição de poder com seleção musical pessoal de Olaf Scholz 1e5y6p

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 Maio 2025, 13h59

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, deixará oficialmente o cargo nesta terça-feira, 6, em uma cerimônia tradicional das Forças Armadas. Em clima de despedida, o social-democrata será homenageado ao som de três composições que ajudam a contar a história de sua vida pública e pessoal: “In My Life”, dos Beatles, um trecho do Segundo Concerto de Brandemburgo, de Johann Sebastian Bach, e o “hino” do movimento feminista “Respect”, eternizado por Aretha Franklin.

O evento também marca a posse oficial de Friedrich Merz, líder da União Democrata-Cristã (CDU), escolhido nas eleições de fevereiro para liderar o país numa coalizão que inclui o Partido Social-Democrata (SPD), de Scholz, em uma rara aliança entre rivais históricos. Como manda a tradição militar alemã, a troca de comando é acompanhada por desfile e música executada pela banda das Forças Armadas, com repertório definido pelo líder que se despede.

A primeira canção, “In My Life”, dos Beatles, remete aos tempos em que ele foi prefeito de Hamburgo — a cidade portuária que, nos anos 1960, abrigou os primeiros shows da banda britânica em bares e casas noturnas. A escolha também foi interpretada por analistas como uma homenagem velada à esposa do chanceler, Britta Ernst, com quem ele manteve ao longo dos anos uma relação discreta, mas sólida.

A segunda peça é um trecho do Segundo Concerto de Brandemburgo, de Johann Sebastian Bach. Além de representar sua única escolha do repertório clássico, o concerto remete diretamente ao estado onde Scholz vive atualmente. Ele seguirá atuando como deputado por Brandemburgo, no antigo território da Alemanha Oriental, onde foi o único social-democrata a vencer por voto direto em um cenário de avanço da extrema-direita.

Já a escolha que mais repercutiu foi “Respect”, sucesso de 1967 que se tornou símbolo da luta por direitos civis e igualdade de gênero. A palavra “respeito” foi uma das bandeiras centrais da campanha de Scholz em 2021, quando ele prometia um governo mais empático e inclusivo. No entanto,  por vezes Scholz traiu essa promessa, com momentos de impaciência e frieza.

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Conhecido por seu estilo reservado, Scholz ganhou o apelido de “Scholzomat”, uma mistura entre o seu nome e a palavra “máquina” em alemão, pela forma robótica com que respondia a perguntas da imprensa. Por isso, suas escolhas musicais chamam atenção. “Se ele tivesse aberto seu coração ao país, talvez ainda fosse nosso chanceler”, escreveu o colunista Franz Josef Wagner, no tabloide Bild.

As escolhas musicais dos líderes alemães em suas despedidas já viraram uma tradição à parte. Angela Merkel, por exemplo, surpreendeu ao incluir em sua cerimônia um hit punk de Nina Hagen, uma balada melancólica de Hildegard Knef e um hino ecumênico do século XVII.

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