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Após acordo sobre tarifas, Xi cutuca Trump e diz que ‘bullying só leva ao autoisolamento’ 5g4a1h

Diante de líderes da América Latina, como Lula, presidente chinês também afirmou que grandes mudanças nunca vistas neste século estão se aproximando 4y64s

Por Sara Salbert SEGUIR SEGUINDO , Amanda Péchy SEGUIR SEGUINDO 13 Maio 2025, 08h54

China’s President Xi Jinping speaks during the opening ceremony of the Fourth Ministerial Meeting of the Forum of China and Community of Latin American and Caribbean States (CELAC), in Beijing on May 13, 2025. (Photo by Pedro PARDO / AFP) — O presidente da China, Xi Jinping, discursa durante a cerimônia de abertura da Quarta Reunião Ministerial do Fórum China-Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Pequim. 13/05/2025 - (Pedro Pardo/AFP)

O presidente chinês, Xi Jinping, disse nesta terça-feira, 13, que o “bullying” e o “hegemonismo” só levam ao autoisolamento. A referência pouco sutil aos Estados Unidos veio um dia após as duas maiores potências mundiais firmarem um acordo para reduzir a escalada da guerra comercial, com a suspensão da maior parte das tarifas uma sobre a outra por noventa dias.

“Não há vencedores em guerras tarifárias ou comerciais. Bullying ou hegemonia só levam ao autoisolamento”, disse Xi durante uma cúpula com autoridades latino-americanas e caribenhas — incluindo o presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva — em Pequim nesta terça-feira.

O líder chinês acrescentou que grandes mudanças nunca vistas neste século estão se aproximando, o que “tornou a unidade e a cooperação entre as nações indispensáveis”.

Acordo tarifário 3l1o58

A declaração de Xi ocorreu um dia após a China e os Estados Unidos anunciarem que chegaram a um acordo para uma pausa na disputa tarifária, iniciada após medidas do presidente Trump.

No acerto firmado depois de negociações entre as duas partes em Genebra, na Suíça, durante o fim de semana, os países concordaram em suspender a escalada tarifária por noventa dias, a partir da próxima quarta-feira, dia 14. No período, as tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos chineses vão cair de 145% para 30%. Já as taxas da China às importações americanas serão reduzidas de 125% para 10%.

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Em um comunicado conjunto divulgado nesta segunda, as nações reconhecem “a importância da relação bilateral” entre eles tanto para internamente quanto para a “economia global”. Washington e Pequim também concordaram em estabelecer “um mecanismo para continuar as discussões sobre relações econômicas e de comércio”. O documento acrescenta que essas conversas podem acontecer nos Estados Unidos, na China ou em um terceiro país acordado entre as partes.

Trump também afirmou que Pequim concordou em “suspender e remover todas as suas barreiras não monetárias”. “Eles concordaram em abrir a China, abrir completamente a China. E acho que isso será fantástico para a China. Acho que será fantástico para nós, e acho que será ótimo para a unificação e a paz”, disse o republicano.

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A Casa Branca comemorou a suspensão das tarifas como uma vitória para os Estados Unidos e uma demonstração da “experiência incomparável de Trump em garantir acordos que beneficiam o povo americano”. Enquanto isso, a mídia estatal chinesa classificou o acordo como “uma grande vitória” para a China, citando a postura firme de Pequim.

“As medidas retaliatórias claramente tiveram um impacto significativo nos Estados Unidos, levando seu governo a reduzir as tarifas para os níveis básicos após as negociações”, escreveu Yuyuan Tantian, uma conta na rede social Weibo afiliada à emissora estatal chinesa CCTV.