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Ao menos 113 dos cardeais que votam no conclave já estão confabulando em Roma 6s245u

Dos 252 membros do Colégio Cardinalício, 135 vão escolher o próximo papa em votação secreta 3v2g4n

Por Amanda Péchy SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 24 abr 2025, 10h02 - Publicado em 24 abr 2025, 10h01

VATICAN CITY, VATICAN - APRIL 23: Cardinals look on as the body of Pope Francis is transferred into the Basilica at St Peter’s Square on April 23, 2025 in Vatican City, Vatican. On the third day since the death of Pope Francis was announced by the Vatican, his body is transferred from the Chapel of Santa Marta to the Basilica St Peter. He will lie in state in a simple wooden coffin until his funeral, which will be held on Saturday, 26th April 2025. (Pool photo by Mario Tama/Getty Images) — Cardeais observam o translado do corpo do papa Francisco para a Basílica da Praça de São Pedro. 23/04/2025 - (Mario Tama/Getty Images)

Ao menos 113 dos 135 cardeais com direito a voto no conclave, o secretíssimo processo de escolha do próximo pontífice, já estão em Roma nesta quinta-feira, 24. A eleição só deve ocorrer após um período de luto pela morte do papa Francisco ser observado, em cerca de uma a duas semanas, mas as reuniões entre os religiosos já estão a mil.

O conclave não serve apenas como um meio de selecionar o líder religioso, mas também reflete uma dinâmica de poder mais ampla dentro e fora do Vaticano, navegando como uma poderosa intersecção de fé, tradição e geopolítica. Desde o início do século XX, nenhum conclave durou mais do que cinco dias, mas só será concluído quando algum candidato alcançar maioria de dois terços dos votos.

Esta quinta foi o terceiro dia seguido de confabulação entre os membros do Colégio Cardinalício. A maioria dos que já estão no Vaticano se reuniu a portas fechadas das 9h às 12h locais (4h às 7h em Brasília), em meio a uma série de encontros informais com o objetivo de se conhecerem (e pensarem em possíveis nomes para ocupar o posto de bispo de Roma).

Tudo muito secreto, como o próprio conclave. Durante o processo de votação, os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, receber jornais, ver televisão ou ter o à internet. Nem tradutores são itidos.

Chamadas “congregações gerais”, essas reuniões também ocorreram na terça e quarta-feira, e servem ainda para discutir e decidir certas questões relacionadas com os ritos fúnebres de Francisco.

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As visitas ao caixão do papa na Basílica de São Pedro, aliás, continuam intensas. De acordo com o Vaticano, mais de 50 mil pessoas já entraram na grande catedral para despedir-se do Santo Padre. Reportagem de VEJA no local observou que as filas continuam grandes, marcadas por choro e reza.

Francisco será enterrado no sábado, 26, numa cerimônia que, atendendo aos seus pedidos, será mais simples que as tradicionais. Logo no dia seguinte, sua tumba na Basílica de Santa Maria Maggiore será aberta para visitação.