Superquarta testa nervos do mercado em meio à retomada do diálogo entre China e EUA
Enquanto Copom e Fed definem os rumos dos juros, os investidores monitoram possíveis sinais de distensão entre as duas maiores potências do mundo

O Ibovespa, principal índice da B3, opera em leve baixa nesta quarta-feira, 7, em meio à cautela dos investidores diante das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. Embora o mercado espere uma nova elevação da Selic, há divergências sobre a intensidade do ajuste, o que torna o tom do comunicado do Copom tão relevante quanto a própria decisão. Já nos Estados Unidos, a expectativa majoritária é de manutenção da taxa básica. O dólar avança diante do aumento da demanda por ativos de proteção, em meio à incerteza sobre os próximos os do Federal Reserve — especialmente quanto ao tom do comunicado que acompanhará a decisão. A moeda americana era negociada em alta, cotada a R$ 5,73, às 11h30.
Os holofotes também se voltam para uma abertura de negociações comerciais entre China e Estados Unidos, confirmada na noite de ontem, e prevista para começar neste fim de semana — um elemento que adiciona complexidade à já volátil “Superquarta”. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, encontrará o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, em Genebra, entre os dias 9 e 12 de maio.
As bolsas globais reagem com otimismo à sinalização de reaproximação entre as duas maiores potências do mundo. Os principais índices de Wall Street operam em alta, enquanto os mercados chineses encerraram o pregão no azul, também impulsionados por novos estímulos do governo de Pequim. O Banco do Povo da China (PBoC) anunciou um corte no compulsório bancário, medida que visa ampliar a liquidez no sistema financeiro e apoiar a retomada da atividade econômica.