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Sinal vindo dos EUA dá apoio ao Ibovespa e dólar fica no ‘meio do caminho’

Dados fracos do PPI reforçam apostas em corte de juros pelo Fed e melhoram o humor nos mercados emergentes

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 Maio 2025, 11h52

A quinta-feira, 15, começou com um suspiro de alívio nos mercados após a divulgação de dados que sugerem uma possível desaceleração da inflação nos Estados Unidos. O índice de preços ao produtor (PPI) registrou deflação no atacado americano em abril, sinalizando que as pressões inflacionárias podem estar finalmente cedendo no país. O dado gerou otimismo entre os investidores e impulsionou o Ibovespa, principal índice da B3, que opera em alta após fechar o pregão em queda na véspera.

A interpretação predominante entre operadores é de que a surpresa baixista no PPI reforça a chance do banco central americano, o Federal Reserve (Fed), adotar uma postura menos agressiva na condução da política monetária. Isso ocorre em um momento no qual os mercados globais estão em busca de qualquer sinal que aponte para uma flexibilização futura dos juros nos Estados Unidos. “Uma possível redução dos juros nos EUA pode tornar os ativos de países emergentes, como o Brasil, mais atrativos, influenciando positivamente o mercado acionário e a cotação do real”, diz André Matos, CEO da MA7 Negócios. 

Apesar de sinais positivos vindos dos EUA, o mercado opera em como de espera, aguardando o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, que falará ainda hoje e pode trazer novas pistas sobre o futuro da taxa básica americana. O dólar fica no meio do caminho, entre perdas e ganhos, a moeda era negociada a R$ 5,64,  se distanciando dos R$ 5,60 da terça-feira e também distante dos patamar de R$ 5,70.

No pano de fundo, uma possível reconfiguração no tabuleiro geopolítico ajuda a explicar parte da cautela. Ganham força os rumores de um avanço nas negociações entre Estados Unidos e Irã, o que poderia resultar em um novo acordo nuclear e aliviar as sanções ao petróleo iraniano. A simples perspectiva de um aumento da oferta global já provocou queda nos preços do barril nesta semana — o Brent recuava mais de 2%, negociado próximo de US$ 64.

Esse movimento exerce pressão sobre as ações da Petrobras. Com peso relevante no Ibovespa, os papéis da estatal são particularmente sensíveis às oscilações do petróleo. “Esse cenário gera um ambiente de incerteza, levando o mercado a adotar uma postura mais conservadora”, afirma Pedro Ros, CEO da Referência Capital.

No campo doméstico, o volume de vendas no comércio varejista cresceu 0,8% em março, acelerando frente à alta de 0,5% registrada em fevereiro, segundo o IBGE. O dado é positivo, mas não o suficiente para dissipar as dúvidas quanto à força da recuperação econômica ao longo de 2025, especialmente diante do elevado custo de capital e do endividamento das famílias.

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