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Serviços fecham em queda de 0,1% e acumulam quarto ano de baixa

Segundo o IBGE, estagnação do setor se deve a demora na recuperação econômica do país

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 fev 2019, 11h44 - Publicado em 14 fev 2019, 11h12

O volume de serviços prestados em 2018 teve recuo de 0,1% em relação ao ano anterior, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta quinta-feira, 14.

Com o resultado, o setor acumula quatro anos seguidos de taxas negativas. Entre 2015 e 2018, a perda acumulada é de 11,1%. Em 2017, o volume de serviços prestados encolheu 2,8%; em 2016, a queda foi 5% e, em 2015, de 3,6%. O último avanço ocorreu em 2014, quando os serviços cresceram 2,5%.

Com queda de 1,9%, o segmento de serviços profissionais, istrativos e complementares puxou a queda do índice no ano. As atividades que mais influenciaram a retração desse segmento são relacionadas a serviços de cobrança e informações cadastrais, soluções de pagamentos eletrônicos, engenharia e segurança privada.

Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, é característica desse setor a prestação de serviços a outras empresas, e seu peso no acumulado negativo “tem a ver com o momento desfavorável da economia como um todo, já que em uma contenção de gastos as empresas costumam dispensar esse tipo de serviço, que não é considerado essencial”.

Lobo explica que esse setor é composto principalmente de serviços de empresas prestados para empresas. “Ainda não há uma recuperação clara da economia para que eles voltem a crescer”, explicou. 

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Os serviços prestados a famílias teve alta tímida, de 0,2%. “Muito desse desempenho está relacionado aos serviços de restaurante, por exemplo. Ainda não há uma recuperação clara da massa de rendimentos, que está muito distante de 2014, o que impede as pessoas de realizarem gastos considerados supérfluos. Possivelmente, as famílias estão priorizando a refeição em casa, a levar quentinha para o trabalho”, disse.

Segundo ele, essa visão de corte de itens supérfluos tanto nas empresas quanto nas famílias ajuda a justificar por que o setor é o que está demorando mais para se recuperar. Segundo o IBGE, o comércio acumulou alta de 2,3% em 2018. Já a produção industrial subiu 1,1% no período.

Transportes crescem pós greve

Os destaques positivos foram para outros serviços, com 1,9%, e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com 1,2%. Lobo explica que a alta deste último segmento já vinha refletindo, desde outubro, a recuperação frente a greve dos caminhoneiros em 2018, “impulsionada, sobretudo, pelo avanço no volume de receitas de transporte rodoviário de carga, de gestão de portos e terminais, de transporte aéreo de ageiros e de operação de aeroportos”.

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No resultado mensal, o volume de serviços teve alta de 0,2% entre novembro e dezembro do ano ado, e manteve o cenário de estabilidade, quando ficou em 0,1% em outubro e 0,5% em novembro. Em dezembro, a variação se mostrou 11,4% abaixo do ponto mais alto da série, que foi em janeiro de 2014.

 

 

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