ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Pedro Parente negocia acordo de leniência da BRF

A Polícia Federal indiciou, na segunda, 15, Abilio Diniz, ex-presidente do Conselho da BRF, e outros ex-funcionários por organização criminosa

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 18 out 2018, 13h27 - Publicado em 18 out 2018, 11h37

A companhia de alimentos BRF está em fase inicial de negociação de um acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU). Pedro Parente, presidente-executivo da empresa, teria atuado pessoalmente em sondagens com a CGU.

Uma fonte próxima à gigante de alimentos, dona das marcas Sadia e Perdigão, informou que “é de interesse máximo da istração colaborar com as investigações feitas pelas autoridades e esclarecer todos os fatos apontados pelo relatório”, em referência ao documento final da Operação Trapaça, concluído pela Polícia Federal na segunda-feira 15.

Desdobramento da Carne Fraca, a investigação apura suspeitas de fraudes cometidas por funcionários e executivos da empresa. Ao todo, a PF indiciou 43 pessoas, dentre elas o empresário Abilio Diniz, ex-presidente do conselho de istração da BRF, e Pedro Faria, ex-presidente executivo global.

Esquema

Entre os pontos que precisarão ser explicados em um eventual acordo está o funcionamento de um esquema de pagamento de propinas, citado pela PF no relatório final, para fiscais do Ministério da Agricultura em troca de facilidades nos mercados interno e externo de carnes da companhia.

A decisão de formalizar a leniência vai em linha com o direcionamento da atual gestão, que, segundo comunicado enviado pela BRF na segunda-feira, “é de tolerância zero com qualquer tipo de conduta indevida”. Em resposta à medida da PF, a empresa decidiu afastar preventivamente todos os funcionários citados no relatório “até o esclarecimento dos fatos”.

Continua após a publicidade

A BRF também chegou a ressaltar que mantinha conversas “de forma ampla e transparente” com os investigadores e que vai continuar com as iniciativas internas lideradas pelo Comitê Independente de Investigação.

“A companhia entende que este processo de cooperação constante com as autoridades fortalece e consolida as mudanças e aprimoramentos que a empresa implementou em seus processos e regramentos internos, com o objetivo de garantir os mais elevados padrões de segurança, integridade e qualidade”, reforçou a companhia.

Questionada sobre o acordo de leniência, a BRF afirmou que não comentará o assunto. Em nota, a CGU afirmou que, “em virtude do sigilo imposto pela Lei Anticorrupção (n° 12.846/2013), não se manifesta sobre nomes de empresas, existência ou não de acordos de leniência, possíveis termos, bem como detalhes de eventuais negociações em curso”.

Procurados, o MPF do Paraná e a PGR também disseram que não comentariam este tipo de tratativa.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
a partir de 10,99/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.