“País do Pix”: de improviso Galípolo revela ambição global do sistema
Presidente do BC disse que há fila de países querendo replicar a tecnologia do Pix

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, falou nesta quarta-feira, 4, o evento de lançamento do Pix Automático com um discurso improvisado e contou que o BC enfrenta “uma fila” de autoridades monetárias estrangeiras interessadas em replicar a tecnologia brasileira. Disse que, em viagens oficiais, ele e colegas costumam ouvir a saudação “você é do país do Pix”.
Galípolo dispensou o discurso oficial preparado pela equipe técnica e justificou dizendo que as vantagens e benefícios para consumidores e empresas já tinham sido citadas. “A instantaneidade do Pix é multidimensional e onipresente. Toda a cobertura da imprensa e a atuação dos parceiros já explicaram seus benefícios.”
“O Pix é o dinheiro que tem a velocidade das pessoas hoje em dia, dos negócios, da informação”, afirmou. Galípolo destcou que o novo serviço de débitos recorrentes amplia a inclusão financeira ao dar a cerca de 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito o a s e outros serviços que antes exigiam plásticos. Ao mesmo tempo, oferece conveniência adicional para quem já possui cartão.
“Todos nós aqui, acho que já sofremos muitas vezes, sofremos algum tipo de clonagem, algum tipo de fraude, tem que trocar todas as suas s, ou quando o seu cartão está vencendo, você tem que trocar todas as suas s. O Pix também vai conceder essa facilidade adicional e acho que vai ampliar o bem-estar e a possibilidade de fazer negócios. São 80% das empresas e 90% das pessoas físicas que têm hoje já aderentes ao Pix”, disse.
Segundo ele, o BC recebe mais pedidos de cooperação internacional do que consegue atender: “Há uma fila” de bancos centrais interessados em replicar a tecnologia. “O Pix é um ativo de todos os brasileiros… A gente viaja e é chamado de o país do Pix”.