Mercado opera otimista com sinal vindo dos EUA
Mercado de trabalho americano diminui o ritmo de criação de vagas, o que pode abrir espaço para o Federal Reserve (Fed) afrouxar os juros

Os mercados atravessam o dia com otimisto. Nos Estados Unidos, investidores reagem aos dados do relatório Jolts, que veio abaixo do esperado, com o mercado americano criando 7,2 milhões de vagas em março, contra 7,5 milhões em fevereiro. Esses sinais aumentam o otimismo do mercado, tanto do americano, quanto to brasileiro. Sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho americano podem indicar uma pressão inflacionária menor, o que abriria espaço para o Federal Reserve (Fed) iniciar um ciclo de afrouxamento monetário. Uma eventual queda nos juros dos EUA ampliaria o diferencial em relação às taxas brasileiras, incentivando a migração de capitais para mercados onde a remuneração é mais elevada. Isso também ajuda a explicar a queda do dólar, que era cotado a R$ 5,64 ao meio dia. A entrada de capitais estrangeiros no Brasil tende a fortalecer o real, pressionando para baixo a cotação da moeda americana.
O Ibovespa avança para os 136 mil pontos, repercutindo notícias que vem do cenário externo. No cenário doméstico, os holofotes se voltam para declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que reforçou o tom contracionista da autoridade monetária. A Petrobras também deve atrair a atenção dos investidores com a divulgação do seu relatório de vendas, prevista para após o fechamento do mercado.