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McDonald’s tem pior trimestre desde pandemia nos EUA, em mais um efeito Trump

Nos Estados Unidos, as vendas da rede fast-food caíram 3,6% nos primeiros três meses do ano, como efeito da perda de confiança dos consumidores com a economia

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 Maio 2025, 10h25

O McDonald’s divulgou nesta quinta-feira, 1º de maio, seu pior resultado trimestral nos Estados Unidos desde 2020, quando a pandemia de covid-19 obrigou os consumidores a ficar em casa, derrubando o movimento em restaurantes e lanchonetes. As vendas da rede fast-food caíram 3,6% no primeiro trimestre deste ano no país em comparação com o mesmo período de 2024. A receita líquida totalizou 1,87 bilhão de dólares. A comparação é feita sem a inclusão dos resultados de novas unidades ou daquelas que foram fechadas, para não provocar distorções.

Chris Kempczinski, CEO do McDonald’s, atribuiu o mau resultado, que veio pior do que o estimado por especialistas do mercado, ao pessimismo dos consumidores americanos com a economia, o que os leva a conter os gastos pessoais. “Eles estão lutando com as incertezas”, definiu Kempczinski. O resultado trimestral do McDonald’s confirma uma tendência de redução de receitas já registrada este ano por outras redes de lanchonetes dos Estados Unidos, como Domino’s e Starbucks. As ações da empresa registravam queda de quase 2% no pré-mercado nesta quinta-feira, 1º.

A empresa está sentindo na chapa, portanto, a temperatura do sentimento dos consumidores que as pesquisas já vêm demonstrando há alguns dias. Na semana ada, a Universidade de Michigan revelou que o índice de confiança do consumidor dos Estados Unidos desabou 8% em abril, aprofundando uma sequência de queda mês a mês que começou em janeiro, quando Donald Trump assumiu o cargo de presidente. O dado de abril foi considerado pelos autores da pesquisa como efeito direto do anúncio das novas tarifas de importação impostas por ele. A queda do índice foi maior entre famílias de renda média, mas se fez sentir em praticamente todos os recortes de idade, nível educacional, de poder aquisitivo e de orientação política. Ou seja, os americanos em geral estão mais desconfiados com os rumos da economia.

Segundo números anualizados do Departamento de Comércio do governo americano, o PIB do país caiu 0,3% no primeiro trimestre de 2025, a primeira retração desde 2022. Já a inflação trimestral medida pelo PCE foi de 3,6%, contra 2,6% do trimestre anterior. A economia americana dá sinais claros de desaceleração, ao mesmo tempo em que sente a pressão dos preços. É um cenário ruim para os negócios e para as perspectivas de emprego, mas Trump garante que a culpa não é dele e pede paciência: o crescimento econômico estaria no horizonte próximo.

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