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Inflação desacelera para 0,01% em junho, menor taxa do ano

Taxa foi influenciada pela deflação no setor de transportes e de alimentos, com queda no preço de combustíveis, frutas e feijão

Por da Redação
Atualizado em 10 jul 2019, 14h50 - Publicado em 10 jul 2019, 09h49

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,01% em junho, a menor taxa do indicador para 2019, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 10.

A desaceleração em comparação a maio, quando registrou alta de 0,13%, foi puxada pelos preços dos transportes e dos alimentos, que caíram 0,31% e 0,25%, respectivamente, na comparação com maio. “Os dois grupos ajudaram a conter os preços em junho. Eles pesam 43%, quase a metade do IPCA”, explica o gerente de Índice de Preços do IBGE, Fernando Gonçalves.

O índice acumula alta de 2,23% no ano e de 3,37% nos últimos doze meses, seguindo abaixo da meta de 4,25% definida para 2019.

A deflação nos transportes veio da queda nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina, que recuou 2,04%. Tanto o óleo diesel quanto o etanol ficaram mais baratos, -0,83% e -5,08%, respectivamente. O etanol recuou em todas as áreas pesquisadas. Já as agens aéreas subiram 18,90%, e os ônibus urbanos tiveram alta de 0,39%.

Apesar das altas do tomate (de -15,08%, em maio, para 5,25%, em junho) e das carnes (de 0,25% em maio para 0,47% em junho) o grupo alimentação e bebidas teve queda (-0,25%) em junho, acumulando variação de 2,89% em 2019. Essa deflação se deveu à intensificação na queda dos preços de frutas (-6,14%) e feijão-carioca (-14,80%). Os dois itens já haviam recuado em abril e maio.

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De acordo com Gonçalves, a maior oferta e a redução no consumo de frutas e hortaliças no inverno ajudam a explicar a deflação dos alimentos no mês. “Dependendo do tipo de fruta, as pessoas acabam consumindo menos nesta época do ano. A laranja também está com uma safra boa, por exemplo. Isso leva a uma baixa nos preços”.

Já o grupo de saúde e cuidados pessoais, com alta de 0,64%, teve a maior variação e o maior impacto individual na inflação de junho. “Essa variação foi por conta dos produtos de higiene pessoal, como perfumes e artigos de maquiagem”, explica o gerente do IPCA.

O grupo habitação desacelerou 0,07% em junho, especialmente por causa da energia elétrica, que recuou 1,11%. Isso se deve à vigência, em junho, da bandeira tarifária verde, sem cobrança adicional para o consumidor.  “A energia elétrica ajudou a conter o grupo habitação”, diz Gonçalves, lembrando que o gás encanado subiu 7,33%, pressionado por reajustes nas tarifas em São Paulo.

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