Ibovespa ignora Trump e descola do exterior com alta do Petróleo

A commodity sobe mais de 3% e ajuda a alavancar o índice brasileiro em meio a um cenário externo pressionado pelo aumento das tarifas de importação do aço

Por Redação 2 jun 2025, 11h12

Ibovespa é principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) (Reinaldo Canato/VEJA)

O Ibovespa busca recuperação nesta segunda-feira, 2, após o tombo de 1% registrado na última sexta-feira. O principal índice da B3 opera em alta, aos 137 mil pontos, impulsionado pela valorização do petróleo – que sobe mais de 3% – beneficiando diretamente as ações da Petrobras. Já o dólar recua e era negociado a R$ 5,68 por volta do meio dia.

Na contramão do Ibovespa, as principais bolsas globais operam no vermelho, refletindo o aumento da tensão comercial após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a elevação das tarifas de importação sobre o aço, de 25% para 50%. A medida entra em vigor na na quarta-feira, 4. Ainda no campo comercial, aumentaram as tensões entre EUA e China, que se acusam mutuamente de violar a trégua tarifária firmada no mês ado.

No cenário doméstico, as projeções para a inflação ajudam a melhorar o humor do mercado. O Boletim Focus, divulgado nesta manhã, revisou ligeiramente para baixo a estimativa do IPCA de 2025, de 5,50% para 5,46%. Já a projeção para a taxa Selic no fim de 2025 foi mantida em 14,75%. Também segue no radar dos investidores a possível elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo deve apresentar ao Congresso, até amanhã à noite, alternativas para o aumento do tributo.