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Editoras buscam tática para ‘salvar’ a livraria Saraiva

Publicadores de livros estão preocupados com quebradeira de vendedores; Livraria Cultura, outra gigante, entrou em recuperação judicial

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 6 nov 2018, 16h19 - Publicado em 6 nov 2018, 09h45

Depois de verem a Livraria Cultura pedir recuperação judicial, por conta de seu endividamento, as editoras estão empenhadas em evitar que a Saraiva siga o mesmo destino, afirmam fontes do setor. O Sindicato Nacional das Editoras de Livros (Snel) convocou para esta terça-feira, 6,uma reunião para definir estratégias para negociar com a Saraiva, que acumulava dívida com fornecedores da ordem de 485 milhões de reais no fechamento do segundo trimestre.

O entendimento do setor é que a Saraiva seria “grande demais para quebrar”. Mesmo após o fechamento de mais de vinte lojas na semana ada, a companhia ainda é a maior rede do país, com 84 unidades, e também tem uma venda forte pelo e-commerce. Hoje, a participação da Saraiva nas vendas de livros estaria em cerca de 30%. Logo, perder uma cadeia de distribuição desse porte poderia afetar o fluxo de caixa de curto prazo do segmento.

O problema agora seria definir uma forma de negociar os débitos sem necessidade de recorrer à recuperação judicial – que garante ao devedor um período “sabático” de seis meses nos pagamentos aos credores. Para evitar a recuperação judicial, no entanto, a Saraiva estaria pedindo cortes de quase 50% nos valores devidos e também um prazo longo para pagamento. Apesar da disposição das editoras em conversar – tanto para recuperar dívidas que se estendem por até dois anos quanto para evitar a falência de pequenos selos de livros -, esse não é o tipo de negociação que se resolva facilmente.

Além de questões internas – como a aposta em produtos de tecnologia -, fontes ligadas à empresa dizem que a rede brasileira sofre com a concorrência da Amazon, que hoje já representa cerca de 10% das vendas de livros no país. Embora a varejista on-line compre livros – em vez de pegá-los em consignação -, existe a preocupação de o mercado se concentrar demais nas mãos do gigante americano, que é conhecido por vender livros com descontos agressivos.

Apesar das dificuldades das livrarias, dados do Snel mostram que o consumo de livros no país voltou a crescer em 2018. De janeiro a outubro de 2018, as vendas em volume tiveram uma alta de 3,65% em relação ao mesmo período do ano ado. Na mesma comparação, houve uma alta de 5,37% no faturamento total. O valor médio por exemplar vendido também subiu, atingindo 43,24 reais.

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