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E se roubarem meu celular? Pergunta da mãe de Galípolo põe à prova novas funções do Pix

Presidente do Banco Central revelou que dona Vera, sua mãe, é a crítica mais dura das inovações do Pix e ajudou a moldar respostas para dúvidas reais

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jun 2025, 10h18 - Publicado em 11 jun 2025, 10h05

Durante participação no  Simpósio sobre Liberdade Econômica, promovido pela Vector Relações Governamentais e Institucionais, em Brasília,  nesta quarta-feira,  11, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, aproveitou o período de silêncio pré-Copom para se concentrar na agenda do Pix. Segundo ele, sua principal crítica e testadora das inovações no sistema de pagamentos instantâneos é sua própria mãe, dona Vera.

“Ela faz perguntas sempre muito duras sobre o tema”, contou Galípolo, ao comentar os avanços do Pix 2.0. “É um ótimo teste para mim”, afirmou. Entre as inovações lancadas neste e no próximo ano, estão o Pix por aproximação, o Pix automático, o Pix parcelado e um novo mecanismo de devolução em caso de golpe ou fraude.

Ao citar a mãe, Galípolo destacou uma pergunta  direta: “Tá bom, mas e se agora o sujeito roubar o meu celular e ele com aproximação consegue pagar?” Segundo o presidente do BC, o risco é menor do que no uso tradicional de aplicativos, já que os pagamentos por aproximação seguem exigindo PIN ou biometria, além de serem mais rápidos e práticos. “Muitas vezes parece haver uma troca entre segurança e agilidade. Esse não é o caso”, afirmou.

Galípoli explicou que o risco maior era anterior ao Pix por aproximação. “Porque você teria que entrar no seu aplicativo e a hora que você entra no aplicativo e destravou o seu aplicativo, se você tiver o seu celular roubado com o aplicativo do banco aberto, destravado, sem senha, ali está o risco maior”, disse.

Sobre o Pix automático, que entra em operação plena na próxima segunda-feira, 16, o presidente destacou que prestadores de serviços poderão cobrar mensalidades sem a necessidade de convênios com bancos, como ocorre hoje no débito automático. Do lado de quem paga, haverá mais controle sobre data, valor e frequência de cobrança, eliminando riscos como clonagem de cartão e falhas em vencimentos.

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“Vai oferecer para quem vende, para quem presta serviço, uma facilidade enorme, porque hoje em dia, para quem precisa colocar algo em débito automático, se você está prestando um serviço, você precisa ter uma conta ou algum tipo de convênio com o banco que a pessoa tem a conta”, explicou o presidente do BC. Para quem paga a vantagem é poder serviços de streaming, se matricular em academias, pagar mensalidades escolares sem a necessidade de ter cartão de crédito, ou fazer pagamento via boleto bancário, mês a mês. O presidente também reforçou que cerca de 60 milhões de brasileiros ainda não têm cartão de crédito — grupo que será diretamente beneficiado.

Já o Pix parcelado, uma nova funcionalidade que será lançada no ano que vem permitirá parcelar compras com custos menores, inclusive em setores onde o desconto pelo pagamento à vista no Pix já começa a ser comum.

Outra pergunta feita por dona Vera, segundo Galípolo, foi sobre como pedir devolução após sofrer um golpe. “A partir de agora, será possível acionar esse pedido diretamente no aplicativo do banco, de forma intuitiva”, explicou o presidente do BC, que deixou o evento logo após a sua participação no .

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