Desemprego fica em 6,6% e emprego formal atinge novo recorde
Desemprego estaciona em 6,6 %, mas recorde de carteiras assinadas e salários em alta seguram

O IBGE mostrou que o desemprego no trimestre de fevereiro a abril de 2025 ficou em 6,6 %. O resultado é praticamente o mesmo dos 6,5 % vistos nos três meses terminados em janeiro, mas está um ponto abaixo dos 7,5 % de um ano atrás. Na tarde de ontem, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, criticou o atual patamar de juros no Brasil, em recado ao Banco Central.
Hoje o Brasil tem 7,3 milhões de pessoas sem trabalho e 103,3 milhões com algum tipo de ocupação. Em um ano, mais 2,4 milhões de brasileiros conseguiram vaga, e a taxa de ocupação alcançou 58,2 % da população em idade ativa.
O número de empregados com carteira assinada no setor privado chegou a 39,6 milhões, o maior da série. Foram criados 319 mil postos no trimestre e 1,5 milhão em 12 meses. O Brasil tem 13,7 milhões de empregados sem carteira, e 5,8 milhões de trabalhadores domésticos. O número de trabalhadores por conta-própria chegou a 26,0 milhões , aumento de 2,1% em 12 meses. O emprego público também cresceu, chegando a 12,7 milhões, alta de 1,8% no trimestre; e de 3,5% no ano.
A taxa composta de subutilização recuou para 15,4%, contra 17,4% há um ano. Isso significa 18,0 milhões de pessoas subutilizadas, 2,1 milhões a menos que em 2024. O desalento atingiu 3,1 milhões, também estável no trimestre, mas 11,3% menor em 12 meses. A informalidade moderou para 37,9% dos ocupados (39,2 milhões), ante 38,3% no trimestre encerrado em janeiro e 38,7% um ano antes.
Do lado da renda, o rendimento real habitual ficou em R$ 3.426, mostrando estabilidade na margem e alta de 3,2% em relação a 2024. A massa de rendimentos atingiu R$ 349,4 bilhões — novo recorde — e cresceu 5,9% em 12 meses.
Nos grupamentos de atividade, a comparação anual trouxe expansão do emprego em Indústria (+471 mil), Comércio (+696 mil), Transporte (+257 mil), Informação e Atividades financeiras e profissionais (+435 mil) e istração pública, educação e saúde (+731 mil). A única queda veio da agropecuária (-348 mil). Em termos de salários, cinco grupos registraram ganhos reais em um ano, com destaque para Construção (+8,3%, ou R$ 203) e Agricultura (+6,1%, ou R$ 124).