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Confiança dos empresários se divide entre a percepção do presente e do futuro

Variáveis macroeconômicas adversas, como os juros elevados e a indefinição fiscal, contribuem para maior cautela segundo Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 jan 2025, 09h20 - Publicado em 2 jan 2025, 09h18

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE fechou dezembro com leve recuo de 0,1 ponto, registrando 97,3 pontos. Apesar da estabilidade em médias móveis trimestrais, o resultado reflete uma divisão entre a percepção do presente e as expectativas para o futuro: o Índice de Situação Atual (ISA-E) avançou, enquanto o Índice de Expectativas (IE-E) sofreu queda, revelando a complexidade do cenário econômico no Brasil.

Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE, destaca que “a confiança empresarial encerra 2024 indicando perda de fôlego da retomada observada ao longo do ano.” O economista aponta que os empresários têm registrado uma demanda aquecida, sinalizando um momento favorável para a economia no curto prazo. No entanto, a piora generalizada nas expectativas entre os setores sugere um 2025 mais desafiador. “O cenário macroeconômico com aumento dos juros, dólar em alta e incerteza sobre sustentabilidade fiscal contribui para maior cautela dos empresários na virada do ano”, diz Tobler.

Expectativas em baixa

O Índice de Expectativas Empresariais (IE-E) caiu 1,0 ponto em dezembro, alcançando 95,0 pontos. A principal influência veio do indicador que mede as expectativas para os negócios nos próximos seis meses, com queda de 2,1 pontos, chegando a 94,9 pontos. Por outro lado, o indicador relacionado à demanda futura apresentou leve alta de 0,1 ponto, alcançando 95,2 pontos.

Essa queda reflete o impacto de variáveis macroeconômicas adversas, como os juros elevados e a indefinição fiscal, que aumentam o nível de incerteza e limitam os planos de expansão empresarial.

Momento presente mais robusto

Em contraste, o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 0,7 ponto, atingindo 99,6 pontos – o maior patamar desde dezembro de 2013. Tanto o indicador de percepção sobre a situação atual dos negócios quanto o de demanda corrente avançaram, demonstrando que, no curto prazo, a economia segue apresentando sinais de vigor.

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Dos quatro setores analisados pelo ICE, três registraram avanços em dezembro. A Indústria liderou com um aumento de 1,0 ponto, alcançando 99,6 pontos, seguida pela Construção (+0,9 ponto, para 96,6) e o Comércio (+0,6 ponto, para 93,3). Já o setor de Serviços foi o único a registrar queda, recuando 0,6 ponto, para 94,3 pontos.

 

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