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Clientes ficam em casa para poupar gasolina, e vendas em restaurantes caem

Garimpo, restaurante em Embu das Artes, viu a receita do fim de semana cair 90% devido à greve dos caminhoneiros

Por Gilmara Santos
Atualizado em 28 Maio 2018, 16h45 - Publicado em 28 Maio 2018, 16h29

Os restaurantes de São Paulo sentiram em cheio o reflexo da paralisação dos caminhoneiros. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em média o movimento e, consequentemente, o faturamento dos bares e restaurantes na cidade de São Paulo caiu 25% no último fim de semana na comparação com os demais fins de semana do mês de maio. Em alguns lugares, a queda de faturamento chegou a 90%.

“Esperamos que essa situação se resolva o quanto antes, porque temos problemas de abastecimento e, principalmente, em relação ao número de clientes, que não se deslocam por falta de combustível”, diz o presidente da Abrasel, Percival Maricato.

Localizado em Embu das Artes, na Grande São Paulo, o Garimpo viu o seu movimento de domingo despencar 90%. “Ontem trabalhamos entre 11h30 e 18h e neste período atendemos apenas 7 mesas. E durante toda a semana o fluxo de clientes tem sido bem pequeno”, diz a diretora do restaurante, Erika Maia.

Além da falta de combustível que tem feito muitos brasileiros adiarem seus eios, Embu está localizada às margens da Rodovia Régis Bittencourt, a BR 116, ao lado de um dos principais pontos de bloqueio dos manifestantes.

“Temos dois agravantes: estamos em uma cidade turística e as pessoas não querem gastar combustível com eio e o outro problema é que uma das principais manifestações ocorre aqui na entrada da cidade”, comenta a diretora ao falar da sua preocupação com o feriado. “Feriados costumam dar bom movimento, mas se essa situação não se resolver, dificilmente teremos bom fluxo de clientes”, considera Erika.

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Outro restaurante que também viu o movimento cair neste fim de semana foi o Djapa, em Moema. De acordo com o proprietário Miguel Hallage, o número de clientes caiu 45% neste fim de semana na comparação com os demais do mês. “Desde que abrimos há 4 anos, sempre tivemos fila de espera entre sexta e domingo. Este é o primeiro fim de semana que tivemos um movimento tão baixo”, diz.

Ele comenta que na semana ada reforçou o estoque do seu estabelecimento para não faltar produtos, mas com diminuição no fluxo de clientes a tendência é que tenha que se desfazer de alguns itens, aumentando ainda mais os prejuízos.

“Para completar, o gás que abastecem todo sábado, neste fim de semana não conseguiram encher nossos botijões e o gás que tenho só segura até amanhã. Se o abastecimento não normalizar, ficaremos sem gás”, finaliza.

 

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