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China deve liderar esforço por integração da Ásia após tarifas de Trump, diz professor

Trump tenta isolar o continente por completo, inclusive Taiwan, segundo especialista; maiores economias locais já esboçam reação

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 abr 2025, 13h23

O continente asiático deve ampliar sua integração regional em face da ofensiva tarifária do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. A liderança natural desse processo caberia à China, principal economia da região. A análise é do professor Vinícius Vieira, doutor em relações internacionais pela Universidade de Oxford e membro do corpo docente da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). “A Ásia não vai ter muita saída senão fazer acordos. Já vemos isso com a aproximação de China, Japão e Coreia”, diz. Antes mesmo de Trump anunciar a maior elevação de tarifas americanas em décadas, na quarta-feira, 2 de abril, representantes das principais economias asiáticas — China, Japão e Coreia do Sul –se reuniram em Seul, no final de março, e defenderam um acordo de livre comércio entre os três países. Os governos asiáticos também querem que a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP), que reúne 15 países da região, tenha a adesão de mais membros.

Para Vieira, o movimento de integração asiática, que inclusive envolve países com rivalidades históricas, deve ser fortemente intensificado a partir das “tarifas de reciprocidade” impostas por Trump. Os países que serão mais taxados pelos Estados Unidos estão no continente. É o caso de Vietnã, China, Taiwan, Bangladesh e Indonésia, por exemplo, com tarifas que variam de 32% a 46%. Japão e Coreia do Sul também sofrerão grandes restrições no comércio com os EUA, com tarifas de 24% e 25% contra cada um, respectivamente. “O caso do Vietnã é o que mais me chamou atenção. É um país no qual os Estados Unidos estavam investindo muito justamente como alternativa à China, mas agora vai pagar uma tarifa de 46%”, diz Vieira, que aponta um esforço de Trump para “isolar a Ásia como um todo” — o que inclui o abandono de Taiwan, parceiro histórico dos EUA — e aprofundar a divisão geopolítica entre China e Estados Unidos no mundo. Com isso, caberá aos asiáticos direcionar parte das suas exportações para o mercado interno e, principalmente, fomentar parcerias que vão além da América do Norte.

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