ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Bolsonaro e Guedes entregam PEC do pacto federativo ao Senado

Plano prevê a descentralização de recursos da União para estados e municípios

Por da Redação
Atualizado em 5 nov 2019, 13h39 - Publicado em 5 nov 2019, 11h40

O presidente  Jair Bolsonaro e o ministro da Economia Paulo Guedes entregaram ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo, parte do pacote de reformas econômicas pós reforma da Previdência. O conjunto de medidas inclui três Propostas de Emenda à Constituição (PECs).  

A PEC do pacto federativo altera a forma que o governo federal, estados e municípios dividem os recursos da arrecadação, descentralizando os recursos da União. Segundo o ministro Paulo Guedes, entre 400 e 500 bilhões de reais serão transferidos  nos próximos 15 anos para estados e municípios para que o uso com “saúde, educação, saneamento, segurança, tudo que o presidente, durante a campanha, propôs”. A ideia, de acordo com o ministro, é levar o dinheiro “onde o povo está”. Entre esses recursos está distribuição do que for arrecadado com o megaleilão do petróleo, marcado para esta quarta-feira, 6. 

 A proposta trata dos três “Ds” citados por Guedes: desvincular, desindexar e desobrigar. Desvincular significa “tirar o carimbo” de determinados recursos, ou seja, permitir que os recursos de impostos e taxas que têm destino determinado por lei sejam remanejados de acordo com a necessidade. Desindexar é a medida que acaba com os aumentos ou reajustes automáticos de determinados gastos (atrelados principalmente à inflação ou ao salário mínimo). E desobrigar é flexibilização do orçamento federal, de forma a dar ao Congresso a liberdade para decidir quais despesas serão feitas ou não.

A PEC da emergência fiscal, que prevê o acionamento mais rapidamente de mecanismos para conter gastos obrigatórios e abrir espaço para investimentos no Orçamento. Entre as principais medidas previstas na PEC está a redução temporária, por até 12 meses, da jornada de trabalho dos servidores públicos, com redução proporcional de salários. Hoje, só 4% das despesas são alteradas livremente pelo governo ou Congresso.

Já a PEC dos fundos revê 281 fundos públicos para liberar cerca de 200 bilhões de reais que hoje estão travados e que devem ser usados para abater a dívida pública. 

Continua após a publicidade

Alcolumbre agradeceu a ida de Bolsonaro para entregar o plano em mãos, mas sinalizou que o Congresso deve fazer alterações na proposta, para deixar sua “digital”, assim como aconteceu na reforma da Previdência, aprovada em outubro no parlamento.Segundo o presidente do Senado, uma reunião deve ser feita na quarta-feira no plenário para que seja construída uma agenda para a tramitação dos textos.

 

Tramitação

As PECs são assinadas pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e pelo líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), requisito para que as propostas comecem a tramitar pela Casa. Depois que obtiverem as 27 s de senadores necessárias para começar a tramitar, os textos começarão a ser analisados pelo Senado e, se aprovados, seguirão para a Câmara dos Deputados.

Por se tratar de emenda à Constituição, o texto precisa ar por dois turnos em cada casa, com ao menos 49 votos favoráveis no Senado e 308 na Câmara, equivalente três quintos de cada casa.

Continua após a publicidade

Líder do governo Fernando Bezerra, afirmou as propostas são fruto de intenso diálogo entre governo e Congresso Nacional para elevar o controle dos gastos públicos, equilibrar a distribuição de recursos entre União, estados e municípios e acelerar a retomada do crescimento econômico e a geração de emprego.

O plano pós-Previdência prevê dividir as pautas entre Câmara dos Deputados e Senado Federal para tentar dar celeridade as medidas. Para a Câmara deve ser encaminhada a PEC da reforma istrativa, que muda as regras do serviço público, criando diretrizes mais próximas à iniciativa privada, e um projeto de lei que traz um novo modelo para as privatizações, em esquema de fast track, para agilizar a agem de empresas públicas para iniciativa privada. As medidas ainda não foram recebidas pela Câmara. 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

ABRIL DAY

Digital Completo

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 14,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.