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‘Proibir não é a solução’, diz psicóloga de Oxford sobre jovens e redes sociais 335y3n

Referência nos estudos sobre a adolescência, Lucy Foulkes falou a VEJA sobre a importância da educação para o mundo digital 1k6q4q

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Duda Monteiro de Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 abr 2025, 13h23 - Publicado em 4 abr 2025, 06h00

Em que medida o smartphone tornou mais difícil a vida de pais de adolescentes? Dificultou muito. A adolescência sempre envolve o afastamento gradual dos filhos e a perda de controle dos pais. Com o celular, a família ou a conviver com um mundo desconhecido, o que torna tudo mais angustiante e complicado.

E como lidar com isso? Não creio que a solução seja proibir o jovem de estar nos ambientes virtuais. De nada vai adiantar: muitas vezes, eles burlam as regras e acabam criando perfis secretos. Aí, quando algo grave acontece, não podem contar aos pais, e a situação piora. O fundamental é ensiná-los a ser bons cidadãos on-line, capazes de identificar a desinformação e de recorrer a apoio se estiverem enfrentando problemas. O celular não vai desaparecer, então o melhor mesmo é encorajar discussões abertas sobre seu uso e impor limites sensatos.

O que fazer em relação a conteúdos inapropriados, como os de teor misógino, que chegam a cada minuto para os adolescentes? Acredito que a maioria sente repulsa e segue em frente. Mais problemático é o jovem que está aberto à intolerância. Em casos assim, é necessário refletir sobre o porquê de acreditar que essa é uma forma aceitável de tratar as mulheres, por exemplo. Precisamos ir à raiz da questão e encontrar maneiras de criar homens responsáveis e respeitosos. Promover uma batalha contra a internet é inútil.

A senhora estudou a teia de relações entre adolescentes. O que descobriu? Alguns jovens adquirem status de celebridade porque assumem grandes riscos e têm comportamento de adulto. Os demais acompanham sua vida de perto, mas não necessariamente os apreciam. Se você pedir para estes dizerem de quem realmente gostam, vão apontar as pessoas que as tratam com carinho e respeito. Há um paradoxo aí: quem é rotulado como popular não é muito querido.

É possível criar um ambiente escolar menos hostil? O bullying é um fenômeno de difícil solução. Uma vez que se estabelece em um grupo, é duro pôr um fim nessa dinâmica. Mas há medidas que podem funcionar, como impedir a existência de locais desertos nas escolas, promover mediação entre alunos em conflito e impor punições. Em certos casos, o mais recomendável é mudar o aluno de colégio e dar a ele a chance de um recomeço.

Publicado em VEJA de 4 de abril de 2025, edição nº 2938

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