Moda, amor, política, nazismo: a história de Chanel dissecada em novo documentário 2z1p2c
Produzido pela BBC, "Coco Chanel: Unbuttoned" estreou no Brasil pela plataforma Universal + 4i6h2x

Mesmo após 50 anos de sua morte, Coco Chanel segue rendendo história. Maior referência de estilo do século XX em diante, ela continua ditando moda, lembrada não só nas arelas – a última ode à criadora se deu no megadesfile feito pela Chanel na China no começo de dezembro – mas em diversas produções no cinema e no streaming.
O mais recente, “Coco Chanel: Unbuttoned” (2023), que estreou no Brasil pela plataforma Universal + e está disponível na Prime Video, é um documentário produzido pela BBC, com uma série de entrevistas e depoimentos de pessoas que estiveram perto ou mergulharam fundo na trajetória da estilista. Entre eles, as modelos sas Jackie Rogers, Betty Catroux e Caroline de Maigret, que trabalharam com Chanel, além de especialistas e biógrafos.
Com direção de Hannah Berryman, o documentário exibido em dois episódios remonta a história da estilista, desde a infância em um orfanato, onde aprendeu a costurar, após perder a mãe aos 6 anos, até sua morte em 1971. Imagens da época e animações ajudam a evidenciar o período em que cantava em um cabaré e a escalada no mundo da moda e a introdução ao universo das artes, onde se inseriu por meio da designer Misia Sert e ganhou a amizade de Pablo Picasso e Jean Cocteau, além de Ígor Stravinsky, com quem teve um romance.
Além, claro, de mostrar as principais revoluções que Chanel promoveu na moda: a criação do pretinho básico; a ênfase à uma moda confortável para as mulheres, adaptando a silhueta masculina para as formas femininas, em trajes com tecidos mais práticos e íveis, e as libertando de amarras como os espartilhos e saltos altos; os famosos tweeds, inspirados nas jaquetas de Westminster, e por aí vai.
Amor e nazismo
O documentário também aborda seus relacionamentos pessoais: os amorosos – o oficial de cavalaria Étienne Balsan na juventude; o Duque de Westminster e o jogador de pólo, Boy Capel, que dizem era seu grande amor e patrocinou a abertura de sua primeira butique da Chanel, em 1910, em Deauville.
Também suas polêmicas associações com a política, ando pela amizade com Winston Churchill, e com o nazismo pela tentativa de resgate do sobrinho, André Palasse, preso pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, e o romance com o barão alemão Hans Günther von Dincklage, de quem supostamente era informante e que a levaram ao autoexílio na Suíça, ao fechamento do ateliê e quase à falência.