Cafés com tempo contado: a nova realidade nas cidades mais turísticas da Europa 3k4s4x
Estabelecimentos em locais concorridos da Espanha estão limitando o tempo de permanência nas mesas e limitando o uso de laptops 116k6y

Na Europa, alguns cafés instalados em regiões com grande fluxo de turistas, como em cidades da Espanha, estão cobrando mais caro dos clientes que am muito tempo usando as mesas e consumindo pouco. Uma xícara de café pode triplicar de preço, dependendo da permanência. Outros limitam o tempo de uso das mesmas e até restringem o uso de laptops durante os finais de semana.
As medidas, segundo alguns donos dos estabelecimentos, é incentivar a rotatividade e garantir o lucro. Mas manifestações contra e a favor ganharam as redes sociais. E reforçam o dilema que alguns destinos, principalmente europeus, estão sofrendo: o chamado “overtourism“, o influxo excessivo de estrangeiros pode ser um verdadeiro transtorno.
A Espanha bateu seu próprio recorde de turistas no ano ado. Hoje, é o segundo destino mais visitado do mundo, atrás apenas da França. Os donos de estabelecimentos, é claro, querem lucrar ainda mais e aproveitam a quantidade de visitantes. As limitações de uso das mesas fazem parte dessa estratégia. Segundo alguns defensores das medidas, trata-se apenas das mesmas regras dos estacionamentos sendo aplicadas a restaurantes. Órgãos que regulam as práticas comerciais da região dizem que a medida é legal, desde que seja claramente sinalizada e que os consumidores estejam cientes antes de se sentarem.
Mas os moradores locais sofrem com isso. Quem costumava trabalhar nos cafés da região agora precisa gastar mais – ou buscar locais menos concorridos, muitas vezes afastados dos centros. Muitos lamentam nas redes sociais, mesmo que entendam os motivos.
Em alguns destinos europeus, os governos têm tentado encontrar um equilíbrio entre a lucratividade do turismo, muitas vezes uma das principais fontes de renda, e a disrupção da rotina dos moradores locais. Atrações turísticas podem ter um limite máximo de visitantes por dia ou aram a cobrar um valor de entrada, que deverá ser usado na preservação.