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Arte e cultura ao redor do mundo. Vitoria Monteiro de Carvalho é historiadora da arte com mais de 5 anos de experiência no mundo da arte, trazendo uma perspectiva jovem e apurada.

Do micro ao macro: A arte vibrante de Sophia Loeb 4n704e

Artista brasileira entre São Paulo e Londres fala sobre suas inspirações e processo criativo 1r1nm

Por Vitoria Monteiro de Carvalho Atualizado em 16 Maio 2025, 15h02 - Publicado em 15 Maio 2025, 09h17

“Através da pintura, quero mostrar uma nova forma de enxergar o mundo”, diz a artista Sophia Loeb. 

Nascida em São Paulo e baseada em Londres, Sophia retrata com cores vibrantes e texturas uma maneira específica de ver o mundo através de um olhar que transita entre o micro e o macro. Sophia obteve seu diploma de Artes Plásticas (Fine Art) e História da Arte na Goldsmiths University, em Londres, e fez seu mestrado na Royal College of Art, também em Londres. 

Sophia vem cada vez mais se destacando no mundo da arte – já teve diversas exposições, em grupo e individuais, e suas obras compõem coleções internacionais renomadas e conceituadas, como o Institute of Contemporary Art em Miami, Green Family Art Foundation em Dallas e o  Museu de Arte Moderna em Fort Worth, nos Estados Unidos.

Sophia Loeb, Peregrinos a você, 2024.
Sophia Loeb, Peregrinos a você, 2024 (Todd-White/Divulgação)

Brasil como inspiração 

Para Sophia, o Brasil é uma fonte de inspirações. Cada vez que volta ao Brasil, a artista percebe novas formas de interpretar a natureza ao seu redor, especialmente diante da biodiversidade única brasileira. Sua pintura também possui influências de outros campos criativos, como a música. “Ser brasileira e estar em contato com o Brasil é fundamental para o meu trabalho, nutre minha criatividade e pensamento”, afirma. 

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Natureza como linguagem pictórica 

As formas orgânicas e biomórficas da natureza desempenham um papel central no processo criativo de Sophia. Ela observa como os elementos naturais se originam uns dos outros e seguem um fluxo próprio: único, imperfeito e, ao mesmo tempo, harmonioso. O reflexo do sol nos lagos. A forma como a floresta se comporta próxima a um rio. A luz que se refrata nas flores. Os diversos tons dos biomas. Todos esses processos naturais são retratados, com sutileza, em suas pinturas. A arte e a abstração são veículos para uma imersão única, transitando o olhar entre o micro e o macro, adotando uma perspectiva topográfica, envolvente e em movimento. 

Cores pulsantes e texturas vivas 

Sophia utiliza cor em suas obras de forma intuitiva, e a escolha de cores vivas fazem referência a uma natureza exótica. Para Sophia, cor é celebração: “A cor transmite alegria de viver e gratidão pela vida. Quero que as pessoas sintam isso ao ver minhas pinturas”, explica. 

Em suas obras, cada cor é associada a uma textura específica, criando um vocabulário visual único. Seus quadros são diversos e orgânicos, porém cores e texturas geralmente seguem um padrão. A artista percebe essa relação entre cor e textura como uma forma de traduzir a pulsação intensa e fervorosa da natureza, uma vitalidade que, segundo ela, também define o Brasil.

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A técnica do impasto, onde a tinta é aplicada em camadas visíveis, era usada por artistas como Claude Monet (1840-1926) e Vincent van Gogh (1853-1890), e serve como referência histórica para compreender o uso expressivo de tinta na pintura. Sophia também produz texturas tridimensionais em seus quadros, mas de maneira singular. Sua criação é detalhada e minuciosa, combinando espátulas, pincéis e mãos, dando às suas obras um caráter escultórico, resultado de seus estudos em escultura na Goldsmiths University. Durante seu processo criativo, Sophia posiciona a tela no chão ou suspensa, alternando direções. Esse processo orgânico de pintar com a tela em direções diferentes permite com que a artista amplie seu olhar e encontre novas soluções criativas para suas composições. 

(Detalhe)Vincent van Gogh, Campo de trigo com ciprestes, 1889, óleo sobre tela, Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque. Cortesia Metropolitan Museum of Art.
(Detalhe)Vincent van Gogh, Campo de trigo com ciprestes, 1889, óleo sobre tela (, Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque/Divulgação)

Emoções e reflexões 

Sophia relembra um momento marcante, que foi ouvir de uma visitante que havia perdido o interesse pela pintura, mas que suas obras a fizeram reencontrar o amor pela técnica. 

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Em tempos atuais, a obra de Sophia convida a uma pausa no tempo e à contemplação dos detalhes, promovendo novas descobertas a cada encontro com suas pinturas. “Espero que minhas pinturas tragam felicidade”, diz ela, “como quem recebe um buquê de flores”. 

Próximas exposições 

A obra Peregrinos a você (2024) estará a partir de hoje na quarta edição da exposição Aberto, que acontece em Paris entre 14 de maio até 8 de junho na Maison La Roche, casa projetada pelo arquiteto modernista Le Corbusier (1887-1965). 

Sophia realizará sua primeira exposição individual no Brasil na Carpintaria, no Rio de Janeiro, apresentada pela Galeria Fortes D’Aloia & Gabriel. A abertura acontece no dia 5 de junho, das 18h às 21h, e a mostra segue até 26 de julho de 2025. A exposição reúne um conjunto de pinturas produzidas ao longo dos últimos seis meses no ateliê da artista, em São Paulo. A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 18h, na Rua Jardim Botânico, 971.

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