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Isabel Teixeira: ‘A gente está se libertando de um certo padrão de corpo’ 5l5y52

Atriz fala à coluna GENTE sobre o desafio de viver uma contraventora em ‘Volta por Cima’ a523p

Por Nara Boechat Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 fev 2025, 07h00

Destaque como a fogosa Maria Bruaca em Pantanal (2022), Isabel Teixeira, 50 anos, “pede licença” ao entrar na pele de Violeta Castilho em Volta por Cima, novela das 7 da TV Globo. Contraventora carioca, a personagem traz um desafio para a atriz paulistana. Em conversa com a coluna GENTE, Isabel fala sobre o papel, a sua parceria com o ator Milhem Cortaz, com quem contracena, e revela breve experiência com o jogo do bicho.

Sua personagem tem uma relação muito boa com o corpo. Como é isso para a senhora? Ela me inspira muito. Fui uma adolescente da década de 1990, e isso faz com que eu tenha muitos problemas de autoaceitação, porque tinha um padrão, mas o mundo mudou, principalmente de 2010 para cá. Como vivi o final do século ado, o começo deste século e a virada, fez com que começasse a sacar que tem mudança de paradigma que está em curso, ainda que só venha se resolver daqui a uns anos. A gente está se libertando de um certo padrão de corpo. Acho que o antigo sempre vai continuar, mas agora temos outro lado. Na década de 1990 tinha um só.

Na trama, sua personagem aborda o tema da sexualidade da mulher mais velha. Como vê isso na vida real? Sempre existiu, mas foi uma exceção. Agora, a gente começou a falar sobre menopausa, de que a gente está vivo e que não pode ser inviabilizado. Hoje isso está na pauta. Mas, para mim, Isabel, é um exercício. Não é fácil. É um exercício ir atrás da Violeta, com o figurino exibindo o que a mulher veste para ver o corpo dela, e não para se esconder.

A senhora emendou uma novela atrás da outra. Não cansa? A minha imagem só vai descansar quando eu morrer. Comigo não tem essa de descansar imagem, porque os boletos não cansam. A minha vida só vai estar ganha quando ela terminar. Até fico mal quando me dão um roteiro e gravo pouco.

Como é viver uma contraventora? Estou indo com calma, pedindo licença. Quando faço uma personagem, vou chegando devagar com ela, esperando o público chegar também. Tenho sorte de pegar diretores que me desafiam. A direção está cuidando muito de mim. E a gente vai abrindo espaços, vendo até onde podemos ir juntos. É delicado porque não posso fazer uma caricatura disso agora.

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Como foi a preparação? Assisti três vezes ao documentário Vale o Escrito. E o livro [Maldito invento dum baronete: uma breve história do jogo do bicho] do [Luiz Antonio] Simas está sendo incrível para mim. Até mandei uma mensagem para ele dizendo que estou apaixonada pelo livro. Sou paulistana e tenho reverência pelo Rio. Porque este lugar que vem desde o lado da república, essa cultura carioca é muito ímpar e não posso achar que domino. Não conheço Madureira profundamente, estou começando a descobrir os bairros e suas diferenças. Esse sotaque carioca, por exemplo, não ouso. Estou em outro lugar, é muito grande o Rio de Janeiro, profundo, só quem nasceu aqui sabe. A relação com o corpo da mulher carioca e do homem também, mas a mulher… Aprendi com o frio, me escondia e tenho vergonha. Isso já é uma coisa cultural que está impregnada aqui, e é linda.

Teve receio desse papel? Não. É um aprendizado incrível, porque tenho relação com o Rio que é longa e é de amor profundo.

Já jogou no bicho? Uma vez, em São Paulo, não conhecia, foi um amigo que me apresentou. Tinha 14 anos, falei para ele que sonhei com coelho e ele me disse para jogar. Ganhei uma grana, nunca vou me esquecer disso. E acho bonito. Tem uma citação no começo do livro de Simas: “O jogo do bicho começa quando a gente começa a sonhar”, e é super bonita, tem a ver com o sonho. Já no Rio, ei um ano morando no Leme quando gravava [a novela] Elas por Elas. Depois de muito tempo vi que ali perto tinha um ponto de anotação. Quer dizer, é uma comunhão popular maravilhosa, um diálogo. É número, matemática e simbologia.

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Como é a parceria com o Milhem Cortaz? É um barato e engraçado. Eu e Milhem nos conhecemos há muito tempo, ele é meu amigo há 30 anos. Estava na escola de arte dramática quando o conheci, depois a gente fez uma peça juntos e ficamos amigos. A gente tem uma intimidade de amizade longa e isso é bom para os personagens. Outro dia falei para ele que relaxo perto dele, quando a gente vai fazer a cena posso ficar olhando um tempão, não tenho vergonha, ele é meu amigo de verdade, um irmão.

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