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Bastidores e curiosidades da disputa entre Kamala Harris e Donald Trump

O papel da viúva de Steve Jobs na eleição americana 59fd

Uma das mulheres mais ricas do mundo, a discreta Laurene está dando uma mãozinha no acirrado pleito 3a2s50

Por Monica Weinberg 21 out 2024, 11h28

Mais afeita à sombra do que ao espocar de flashes do Vale do Silício, Laurene Powell Jobs, 60 anos, casada por trinta com Steve Jobs, derrubado por um câncer em 2011, ultraa os 15 bilhões de dólares, entre bens os mais variados e nacos da Disney e da Apple, da qual o marido foi o criador. Ela não é lá muito chegada a um palco, gostando de se recolher na mansão de Palo Alto, vizinha à Universidade de Stanford, onde Steve proferiu um daqueles discursos que muita gente dá o replay para ver de novo.

Mas a polarizada corrida eleitoral em curso para a presidência dos Estados Unidos a tirou do sofá. E dá-lhe cruzar os ceus americanos a bordo de seu jatinho particular para ajudar ao seu jeito, sem grande alarde, a amiga e candidata democrata Kamala Harris.

Nos círculos do poder, contam que ela teria costurado aqui e ali para fazer o que estivesse a seu alcance para tirar Joe Biden do páreo – evidentemente eliminado do jogo por questões superiores e incontornáveis. Fato é que, após o constrangedor debate em que ele tomou uma surra do oponente Donald Trump, Laurene acionou um conselheiro, ex-integrante do staff de outro portador da faixa presidencial, Barack Obama, para lhe encomendar pesquisas.

E logo fez o desastroso resultado circular entre os doadores de bolsos mais graúdos do lado democrata, que, dizem as afiadas línguas de Washington, desanimaram e murcharam as cifras.
O momento era delicado, e Kamala procurou Laurene, sua confidente de longa data, partilhadora de altos jantares no Vale, do gosto por arte e de experiências em solo africano, já se preparando para assumir a candidatura.

MEU NOME É L.P.J. 5t1g1a

No núcleo duro da campanha de Kamala, todos se referem a Laurene pelas iniciais – L.P.J. Especula-se sobre um futuro papel seu no governo. A de grilo falante com o ir ao Salão Oval parece ser o preferido. Até agora, ela investiu alguns milhões (ninguém precisa quanto) de sua polpuda conta bancária no projeto Kamala-presidente, mas, mais do que isso, fez ar de mãos em mãos bilionárias uma lista de organizações pró-Harris nas quais recomendava doações. Tratou também de aglutinar uma frente de mulheres da área da tecnologia para endossar sua candidatura.

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Depois da morte de Steve, com quem teve três filhos, Laurene começou a surgir de quando em quando em Washington, cultivando laços sobretudo na banda democrata, mas não só. Foi elevando sua cota de doações e se lançou em lobbies como o de pressionar o então presidente Obama a ir mais fundo em seu plano de educação – assunto, aliás, que mobiliza a instituição que ela preside, a Emerson College, que dá incentivos a alunos de poucos recursos.

No State of the Union, discurso anual do presidente americano frente ao Congresso, a primeira-dama Michelle Obama lhe reservou cadeira especial junto ao clã. Era 2012. Quatro anos mais tarde, na vez de Hillary Clinton lutar pela faixa, e perder, Laurene fez acontecer um jantar para impulsioná-la – 200 000 dólares por cabeça à mesa. L.P.J. conta que tem a ideia de promover algo semelhante a favor de Kamala, mas o tempo a. A ver.

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Poucas figuras são tão ouvidas por Kamala quanto Laurene, segundo a turma que anda para cima e para baixo com ela desde os tempos de secretária de Justiça na Califórnia. Sua rede de contatos se ampliou consideravelmente com um empurrãozinho da senhora Jobs, definida por David Bradley, que vendeu para ela a revista The Atlantic, como “uma pessoa leal de um jeito tribal”. Kamala definitivamente faz parte da tribo.

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Recém-eleita senadora em 2017, a atual aspirante à Casa Branca cumpria o rito. Ao lado do presidente Joe Biden, juntou a família e ofereceu um sorriso largo aos fotógrafos. Porém, faltava na cena uma pessoa, e Kamala perguntou ao chefe: “Joe, podemos fazer outra foto, com a minha família estendida?” Eis que surge Laurene, congelada bem atrás do ombro direito de Biden, que ainda lhe perguntou sobre como andavam as pesquisas contra o câncer que ela financia.

A abastada Bay Area, cenário pontuado por prédios que concentram faturamento equivalente ao PIB de certos países, acabou aproximando as duas, que transitavam na mesma elite e participavam de marchas em prol das mulheres. Na seletíssima lista de convidados do casório de Kamala com o advogado Douglas Emhoff, há dez anos, lá estava Laurene – gesto retribuído por Kamala e marido quando Reed, um de seus filhos com Steve, também subiu ao altar, no Havaí.

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Conhecido pelos empresários de cunho progressista que ali fizeram fortuna, o Vale do Silício, sede da Apple, do Google, da Meta, entre várias outras, sempre caminhou fechado com os democratas. Até que uns expoentes de lá começaram a se sentir sem voz nem influência no caldeirão da política, onde o candente debate sobre regulações no setor de tecnologia anda em plena marcha – algo que a ala republicana refuta e a democrata, não. Gente como Peter Thiel, o co-fundador do PayPal, e (quem mais?) Elon Musk, do império X, agora defendem e até dão saltinhos em comícios em apoio a Trump.

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É aí que a discreta Laurene também viu motivos para deixar a santa paz de Palo Alto e, mesmo mantendo o estilo esfinge, daqueles difíceis de decifrar, deu de se posicionar. Mas sempre que pode a a batata quente de mãos.

Era ainda o início da istração Trump, em 2017, e uma entrevistadora insistiu em que Laurene traçasse um cenário para o próximo pleito, anos à frente. “A senhora tem ambições de concorrer?”, lhe indagou. A resposta veio rápida e certeira: “Eu, não. Mas tem a Kamala, sabia?” Está aí uma amostra de L.P.J. in natura.

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