F1: o motivo que colocou o narrador Sérgio Maurício na mira da PF 3m3t5t
Polícia Federal abriu inquérito para investigar narrador da Band por comentário controverso nas redes sociais t1a24

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o narrador Sérgio Mauricio por um comentário considerado transfóbico contra a deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP). Em fevereiro deste ano, o narrador da Band se referiu à política como “essa coisa” e “fake news humana” em um comentário em seu perfil no X.
O caso tramita na 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo e o inquérito foi instaurado a mando do Ministério Público Federal nesta última sexta-feira, 6. A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de S. Paulo. Segundo apurado por VEJA, não haverá mudanças imediatas na Band, e Maurício segue escalado para narrar o Grande Prêmio do Canadá, que acontece neste domingo.
Essa não é a primeira consequência jurídica enfrentada pelo narrador pela ofensa virtual. Em abril deste ano, a própria Érika Hilton entrou com um processo por danos morais contra ele, pedindo uma indenização de 70 mil reais pelos comentários. “Acabei tomando ciência dessa conduta, que na minha avaliação é criminosa. Irei para cima com toda a força, juridicamente, para que haja uma responsabilização por mim, pela comunidade LGBTQIA+, pelas pessoas trans e contra a violência”, comentou a deputada na ocasião.
Com a repercussão negativa da declaração, Sérgio Maurício alegou inicialmente que a conta no X não era dele. Dias depois, com a pressão dos espectadores da F1 na rede social, mudou a versão e se desculpou com a política. “Lamento profundamente as palavras equivocadas que usei ao me referir à deputada Erika Hilton, parlamentar por quem tenho o mais elevado respeito. Peço desculpas a ela, a seus eleitores e a quem mais tenha se sentido ofendido”, disse o narrador a VEJA, em nota enviada à coluna de Mateus Leitão.
Vale lembrar que, em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a homofobia e a transfobia, que se enquadram desde então na lei do racismo como injúria racial. Desde então, é considerado crime de conduta ofensas que “envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém”. A pena para esses casos pode variar de um a cinco anos de prisão, além de multa.
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