Além dos motores: Festival Interlagos vira megaevento de entretenimento l2p6s
Com edições dedicadas a carros e motos, o principal evento do setor tem estrutura de shows e atrações além de lançamentos 36114n

Programado para acontecer entre os dias 29 de maio e 1º de junho, para a versão motos, e 12 a 15 de junho, na versão automóvel, o Festival Interlagos vem se consolidando como um dos principais eventos no calendário do setor. Marcas fazem seus lançamentos dentro do festival e os visitantes têm a oportunidade de dirigir alguns dos modelos na pista do autódromo.
Neste ano, além da participação de todas as fabricantes de motos e de mais de 20 marcas de automóveis, o festival tem o apoio de marcas que não são exatamente ligadas ao setor. É o caso da Red Bull, Heineken e Santander, entre outras.
Em entrevista ao Pé na Estrada, o CEO e fundador do Festival Interlagos Marcio Saldanha fala sobre os novos participantes do evento, o crescimento do festival e dá sua opinião sobre o retorno do Salão do Automóvel.
Confira a seguir:
Por que vocês decidiram trazer outras marcas que não estão necessariamente conectadas ao setor automotivo para o festival?
Tudo está ligado ao crescimento do festival, que é como um organismo vivo. Nascemos com um DNA bem forte de experiências, o que foi uma grande novidade como modelo de negócios. Lançamos primeiro o de motos, depois de automóveis, e fomos crescendo para um lado de ativações, e depois de entretenimento. São vários eventos acontecendo dentro do festival. E isso fez com que as marcas não endêmicas do setor começassem a se interessar. Com a entrada de Red Bull, Heineken, Santander e outras, a gente vai amplificando as diferentes áreas. Assim, setores não endêmicos também percebem nosso crescimento. Além disso, aproximamos os dois eventos Agora, os patrocinadores participam das duas edições, de moto e de carro, e alguns fazem até ativações totalmente diferentes para cada evento.

Eventos fora do setor, principalmente festivais de música, como o Rock in Rio, são inspirações para o modelo do evento?
O Rock in Rio sempre foi uma inspiração para o mercado de eventos. Eu estava lá, no primeiro Rock in Rio, em 1985, e saí com uma semente plantada no coração. A gente tinha uma necessidade de criar um modelo diferente dos antigos salões aqui no Brasil. E ter vários eventos dentro do festival sempre foi algo que nos encantou. Por isso, trouxemos uma área de shows, por exemplo, que vem crescendo com a participação de pilotos e profissionais internacionais. Além da área musical, que conta com grandes atrações.
Na versão de motos, o festival tem todas as fabricantes brasileiras confirmadas. Ainda faltam alguns nomes da versão de carros. Como trazer essas marcas na próxima edição?
O festival de moto já está na sétima edição. O de carros, na quarta. Além disso, o mercado de automóveis é muito maior. Mas acredito que estamos no caminho certo. Estamos no caminho para termos 95% dos fabricantes na edição de 2026. Mas as próprias marcas escolheram o festival como seu “big moment” e estão fazendo seus lançamentos durante o evento.
A estrutura de Interlagos tem dado conta do crescimento do festival?
Até por conta da realização de outros eventos nesse equipamento, como a Fórmula 1, o Lollapalooza e o The Town, a própria prefeitura vem investindo em Interlagos. Há todo um pavilhão novo que está sendo finalizado, com dois andares de seis mil metros cada. Acredito que vamos conseguir usar esse espaço no ano que vem para permitir o crescimento do número de expositores.
Como você olha para a iniciativa da Anfavea de retornar com o Salão do Automóvel?
Pelo retrovisor. São dois eventos distintos. O Salão do Automóvel tem uma configuração, o Festival Interlagos tem outra, completamente diferente. Nosso negócio é mais novo, mais moderno. E temos um atrativo muito maior por conta da diversidade de ativações dentro do festival, o que impulsiona as vendas. Diante do resultado que temos tido e do crescimento do festival, o mercado está dando a resposta.