Por que a punição de Alexandre de Moraes nos EUA é uma questão de tempo 431sc
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Marco Rubio, Secretário de Estado dos EUA, não fez apenas uma sinalização sobre Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, ser eventualmente punido pelo governo Trump.
O chefe da diplomacia americana não foi nada pacífico, como manda a tradição do posto que ocupa, e afirmou durante uma sessão na Câmara: “Está sendo analisado neste momento, e há uma grande, grande possibilidade de que aconteça”.
Isso é praticamente uma afirmação de que algum tipo de sanção acontecerá com base na Lei Global Magnitsky, que permite punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou em casos de corrupção.
Entre as medidas previstas estão o bloqueio de bens financeiros nos EUA e a proibição de entrada no país. O Supremo Tribunal Federal afirmou que Moraes não tem bens, mas elas, as sanções, podem chegar até ele de outra maneira.
Durante o evento político na Casa, o deputado republicano Cory Mills — capacho de Donald Trump — foi o responsável por fazer a pergunta a Marco Rubio, que deu a contundente declaração.
Mills também disse sandices como a avaliação de que o Brasil enfrenta um “alarmante retrocesso nos direitos humanos”. Pior: para ele, o ex-presidente Jair Bolsonaro se tornará em breve um preso político.
Obviamente que isso não é verdade. É a narrativa de Eduardo Bolsonaro, licenciado para fazer uma campanha anti-Moraes nos EUA, dando certo. Ou seja, ecoando nos aliadas da extrema-direita trumpista.
Ao mesmo tempo, não é nada bom para o magistrado sofrer uma sanção como esta, envolvendo as palavras “violações de direitos humanos”. E uma declaração de um secretário de estado americano contra ele, que já está sendo processado por empresas de Donald Trump.
Mas não é só a direita norte-americana que vê exageros no trabalho de Moraes. O jornal The New York Times fez uma reportagem questionando, em alguns pontos, a atuação do ministro do STF “O Supremo está salvando ou ameaçando a democracia?”, questiona o texto.
A coluna já mostrou alguns problemas no trabalho feito na corte, apesar de a maioria dos textos serem favoráveis ao trabalho do magistrado.