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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para s.

Fala de Mourão sobre crise da Universal gera desconforto em Angola 555947

O vice disse que problemas da igreja impactam a política no Brasil e apelou para que o governo local aceite uma visita de parlamentares evangélicos 1t1h58

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jul 2021, 20h13 - Publicado em 19 jul 2021, 16h02

Desde o início do governo, a relação entre o presidente Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão foi se desgastando, sendo boa parte disso devido às declarações em entrevistas e nas redes sociais do general de quatro estrelas, que quase nunca se furta a comentar algum assunto, por mais controverso que seja o tema, muitas vezes em desalinhamento com o pensamento do Palácio do Planalto. Curiosamente, a nova polêmica de Mourão foi provocada pelo vice ao tentar justamente fazer um aceno a aliados do governo em uma entrevista concedida em Angola. Mourão encontrava-se no país africano até este fim de semana, substituindo Jair Bolsonaro na conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (LP).

Em entrevista à agência portuguesa Lusa, Mourão fez um apelo pela “pacificação” da delicada situação da Universal em Angola (a igreja está em conflito com autoridades do país e enfrenta uma guerra interna sem precedentes pelo controle dos templos). Após a deflagração da crise, o comando da instituição religiosa foi assumido por uma ala de bispos e pastores locais. O governo do presidente de Angola, João Lourenço, tem tentado se afastar da polêmica. A orientação oficial dada por lá é que o episódio se refere a um problema da Justiça e se restringe internamente à Igreja. Ou seja, não é uma questão de ordem política muito menos diplomática.

Pois Mourão fez questão de dizer que o governo Bolsonaro não pensa dessa forma. “O governo brasileiro gostaria que se chegasse a um consenso entre essas duas partes e que o Estado angolano recebesse a delegação parlamentar brasileira que quer vir aqui para tentar chegar a um acordo e a um ponto em que se arrefeça as diferenças que ocorreram”, disse Mourão ao veículo português. A fala, obviamente, não repercutiu bem entre as autoridades angolanas, que esperavam que o Brasil tivesse outras prioridades diplomáticas na viagem, como a ampliação de parcerias econômicas. De quebra, ainda revela que a viagem de uma comitiva de senadores e deputados ligados à Universal – tão divulgada pelas autoridades daqui – ainda não aconteceu justamente por causa do governo de Angola.

Se no país africano o assunto não diz respeito à esfera política, Mourão destacou que a crise impacta um partido político no Brasil, do qual nos últimos anos a Universal vinha tentando se dissociar pelo menos publicamente. “Essa questão da Igreja Universal aqui afeta o governo e a sociedade pela penetração que essa igreja tem e pela participação política que ela possui, com um partido que é o Republicanos, que representa o pessoal da igreja”, afirmou Mourão.

Com as declarações, o vice buscava dar um aceno a Macedo e às lideranças brasileiras da Universal, que já reclamaram publicamente da falta de ação do governo brasileiro na briga. Acabou, no entanto, alimentando as críticas de oposição. Segundo elas, o governo Bolsonaro atua como um representante dos interesses Universal no exterior, ofuscando a pauta econômica abordada na conferência dos países de língua portuguesa.

Na mesma entrevista, o vice-presidente ainda minimizou as denúncias de corrupção na compra de vacinas e que “não há clima nem dentro do Congresso nem na população brasileira” para um afastamento do presidente Jair Bolsonaro. Mourão também disse que o Brasil “não fugirá de suas responsabilidades” se for demandado por órgãos como a ONU ou a União Africana a mandar tropas à Moçambique, que enfrenta o Estado Islâmico na província de Cabo Delgado. Disse ainda que Portugal tem sido um “facilitador” na construção do acordo União Europeia e Mercosul, que ainda não saiu do papel.

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