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Dormir está na lista do que faz bem ao coração 2l625c

Dia Mundial do Sono é celebrado nesta sexta-feira, 17; noite bem dormida é um dos oito itens essenciais para uma vida plena 3u5x56

Por Luciano Drager 17 mar 2023, 19h31

Dormir pouco ou mal pode ser tão prejudicial para a saúde cardiovascular quanto demais fatores de risco, como dislipidemia, tabagismo ou pressão alta. Esta afirmação tem a chancela da conceituada American Heart Association (AHA), que incluiu o sono em um ranking agora denominado Life’s Essential 8, com os oito itens essenciais para uma vida plena: alimentação de qualidade; atividade física; não fumar; controle de peso; controle do colesterol; gerenciar o açúcar no sangue; controle da pressão arterial e o recém adicionado: sono saudável.

A inclusão chega graças às crescentes evidências científicas de que dormir mal impacta diretamente nas condições cardiovasculares. E isso é um grande o para tentamos combater esta verdadeira pandemia de pessoas que não dormem adequadamente. Quando temos uma noite ruim há maior liberação de adrenalina, aumento da pressão arterial, inflamação dos vasos e outros mecanismos que podem desencadear uma doença cardiovascular, como infarto e AVC. Há também mais chances de alteração nos níveis de açúcar e de colesterol no sangue, além de o organismo ficar mais sujeito a infecções e obesidade. Declínio cognitivo e demência, incluindo Alzheimer e depressão, também estão na lista de consequências danosas que o excesso de vigília traz.

Adormecer é um momento sagrado para recuperar o corpo de maneira geral. Estudos indicam que em 75% do tempo de uma noite bem dormida entramos em sono NREM (Sem Movimentos Oculares Rápidos) e, neste estágio, a frequência cardíaca e respiratória baixam, reduzindo o estresse do coração. Quem não dorme o número de horas suficientes não alcança esta benesse, assim como aqueles que têm o sono interrompido constantemente.

A Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) – que é credenciada pela AHA em seus cursos de treinamento de ressuscitação cardiopulmonar (R) para profissionais da área de saúde e leigos – realizou, no final de 2022, uma pesquisa com 2.236 pessoas nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e capital para apurar como é o sono dos paulistas.

Os dados que acabam de ser tabulados revelam que quase metade dos entrevistados (46,5%) afirmaram que dormem apenas de cinco a seis horas por dia e 9,5% declararam dormir quatro horas ou menos, enquanto 44% relataram ar mais de setes horas por dia em descanso. A amostragem reuniu 72,9% de adultos, 16,7% de jovens e 10,5% de idosos, sendo 47,1% homens e 52,9% mulheres.

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Apesar da alta incidência de sono inadequado, só 21% responderam terem conhecimento de que estes distúrbios são um fator grave para questões cardiovasculares.

Risco em cima do risco 3x4x47

O risco em cima do risco vem do fato de a população negligenciar as horas de sono justamente pela falta de conhecimento de causa. Dormir menos de cinco horas, inclusive, muitas vezes é encarado como um feito positivo: “durmo poucas horas e acordo inteiro”, mas isso não é verdade para a imensa maioria.

A sugestão da AHA são sete a nove horas diárias de sono para adultos. Já as crianças menores de 5 anos precisam de 10 a 16 horas e entre 9 a 12 horas para aquelas na faixa etária dos 6 aos 12 anos. Para jovens entre 13 e 18 anos, o ideal são de 8 a 10 horas por noite.

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Por isso a importância de divulgar que esta necessidade fisiológica não pode ser irregular. Precisa ter qualidade e quantidade adequadas. Cabe a nós, cardiologistas – e aos médicos em geral –, incluirmos perguntas correlatas durante as consultas e alertar sobre os malefícios.

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Dormir como os anjos contribui para a restauração celular, de tecidos e vasos sanguíneos, melhora a função cerebral, a criatividade, a produtividade, o humor e a energia para atividades rotineiras. Só quem dorme bem acorda disposto, mantendo reflexos ágeis, sistema imunológico forte e com maior capacidade para criar músculos.

Para quem quer investir na qualidade do adormecimento e, consequentemente, melhorar a saúde, entre as dicas está se deitar sempre no mesmo horário. Além disso é recomendável “desligar”: planeje o dia seguinte com antecedência para que as preocupações não sejam convidadas para a cama.

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Exercícios respiratórios e meditação também ajudam a conciliar o sono. Entre os maus hábitos na hora de dormir, o excesso de telas – celular, computador e TV – figura no topo da lista. É difícil, mas se você sofre com insônia vale a pena desapegar dos eletrônicos pelo menos neste período. Ingerir alimentos gordurosos e/ou de difícil digestão ou que favoreçam refluxo não é uma opção de dieta saudável em nenhum momento do dia, mas principalmente poucas horas antes do repouso: a digestão tende a ser mais lenta, comprometendo o sono.

Da mesma forma, é preciso evitar cafeína, nicotina e bebidas alcoólicas sempre, mas especialmente pouco tempo antes de cair nos braços de Morfeu. Precisamos lembrar que dormir é um remédio barato, altamente curativo e, acima de tudo, a longe de ter gosto amargo. Pelo contrário: quem nunca acordou com uma sensação boa após uma noite bem dormida? Por isso, se está com dificuldades para dormir ou apresenta roncos frequentes, procure ajuda médica!

* Luciano Drager é diretor de promoção e pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e presidente da Associação Brasileira do Sono

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