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Informação e análise

Trapalhada da Casa Civil sobre controle de preços semeia desconfiança 1p316f

Rui Costa tentou conter danos com um jogo de palavras: disse “intervenção”, queria dizer “medidas”. 1z46l

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jan 2025, 04h01 - Publicado em 23 jan 2025, 04h00

Na manhã de quarta-feira (22/1), o chefe da Casa Civil da Presidência, Rui Costa, anunciou que o governo Lula prepara “um conjunto de intervenções que sinalizem para um barateamento dos alimentos”.

Costa é economista e sabe que esse tipo intervenção governamental significa controle de preços. Sabe, também, que essa foi uma tentação recorrente em diferentes governos nas décadas de superinflação — e todos fracassaram.

O problema não é novidade no atual governo. Na quinta-feira 14 de março do ano ado, Lula se reuniu com Costa e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) para definir medidas capazes de induzir um “barateamento dos alimentos”.

Na época, já se contavam sete meses de alta contínua nos preços. Foram anunciados “incentivos” à produção de trigo, milho, mandioca, feijão e até a “desconcentração” do plantio de arroz dos campos do Sul para as terras do Centro-Oeste, com o argumento de redução dos custos de transporte.

Se aram mais nove meses. Nada aconteceu e 2024 terminou com 78% dos eleitores se queixando do peso cada vez maior do custo dos alimentos no orçamento familiar — como mostrou pesquisa do instituto Quaest.

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Para os mais pobres a situação é mais complicada, demonstra o Dieese, organismo que Lula ajudou a criar nas batalhas sindicais de recuperação salarial dos anos 1970.

Em São Paulo, o custo de uma cesta básica de alimentos em dezembro consumia pouco mais de 64% do salário mínimo líquido, descontados tributos. Em outras oito capitais, o preço da cesta ultraava 55% do valor da remuneração mínima.

Alertado para o estrago provocado pelo anúncio de intervenção governamental nos preços, o chefe da Casa Civil saiu em campo para tentar conter os danos.

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Costa se amparou num jogo de palavras: disse “intervenção”, queria dizer “medidas”. Assim, fica entendido que o governo Lula prepara “um conjunto de medidas que sinalizem para um barateamento dos alimentos”. Quais “medidas”, não se sabe, nem ele explicou.

No fim do dia, o chefe da Casa Civil da Presidência havia semeado mais desconfiança. Expôs o governo numa circunstância de fragilidade: talvez saiba onde quer chegar, mas está sem bússola e, por consequência, sem rumo, em meio a uma crise de credibilidade sobre o horizonte da economia. Nem a oposição “molequeira”, como ele costuma dizer, faria trapalhada melhor.

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