Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

José Casado 3k6x4d

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

Justiça Eleitoral suspeita do ministro da Justiça e do presidente do Cade 2am5l

Eles tropeçaram na Constituição, nos códigos penal e de ética, segundo o TSE, "com intenção de favorecer" a candidatura de Bolsonaro h1k1y

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 out 2022, 06h30

A Justiça Eleitoral resolveu investigar o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente do Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro Macedo.

O Tribunal Superior Eleitoral entendeu que os dois burocratas interferiram indevidamente nas eleições ao acusar, sem provas, uma dezena de empresas privadas de fraudar pesquisas eleitorais. Torres mandou a Polícia Federal iniciar um inquérito criminal. Macedo pediu investigação por uma suposta conspiração empresarial com objetivos políticos e econômicos.

Tropeçaram na Constituição, nos códigos penal e de ética no serviço público ao manipular órgãos de governo “com intenção de favorecer” a candidatura de Jair Bolsonaro.

“Parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo chefe do Executivo e candidato a reeleição”, escreveu o juiz Alexandre de Moraes, presidente do TSE, na decisão que os transformou em suspeitos.

É inusitado que, numa eleição, a Justiça Eleitoral decida investigar o ministro da Justiça e o chefe de uma agência federal de fiscalização e controle econômico por suspeita de crime eleitoral; de abuso de poder político e de autoridade; de desvio de finalidade istrativa; e, por ironia, de “usurpação de funções constitucionais” da própria Justiça Eleitoral.

Continua após a publicidade

Torres usou a polícia e o Macedo utilizou o Cade extrapolando funções e assumindo competências que são exclusivas do Judiciário na área eleitoral.

Fizeram isso com base em nada além de “presunções” sobre a diferença entre os resultados das urnas e o desempenho de candidatos retratado nas pesquisas de intenção de voto.

Sondagens eleitorais captam tendências do momento em que são realizadas, não podem ser entendidas como prognósticos.

Continua após a publicidade

O ministro e o presidente do Cade mobilizaram o aparato governamental sob a premissa falsa de que intenção de voto antecipa resultado de eleição.

Apesar de enganoso, esse argumento tem sido usado por Jair Bolsonaro desde o primeiro turno eleitoral, quando se rendeu, em silêncio, à confiabilidade e eficácia do sistema eletrônico de votação — seu alvo preferencial de suspeitas, sem provas, nos últimos três anos.

Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil, e Arthur Lira, presidente da Câmara, fizeram coro a Bolsonaro. Com auxílio do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, tentaram aprovar uma lei criminalizando as pesquisas eleitorais. Não conseguiram aprová-la.

O ministro da Justiça e o presidente do Cade entraram nesse jogo de interesses obscuros sobre o processo eleitoral. Acabaram atropelados pela Justiça Eleitoral.

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

ABRIL DAY

Digital Completo 3n1yv

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 1k27o

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.