Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99

Sonda chinesa retorna da Lua com primeiras amostras do lado oculto 1e6z5d

Regolitos devem ajudar na melhor compreensão da formação do satélite natural e do sistema solar 3fd5l

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jun 2024, 14h27 - Publicado em 25 jun 2024, 13h56

Em 3 de maio, a sonda Chang’e-6 decolou da China rumo à Lua para uma missão ousada: trazer amostras do lado oculto do satélite. O desafio era grande, mas, após uma sequência de sucessos nessa missão, a istração Espacial Nacional da China (CNSA) a concluiu, nesta quarta-feira, 26, com o afortunado pouso do retornador no deserto da Mongólia.

As capsula agora será levada para Pequim, onde será aberta. As amostras então serão separadas e avaliadas pelos cientistas. “Isto marca o sucesso completo da missão e é, sobretudo, o primeiro retorno à Terra de amostras do lado oculto da Lua”, afirmou a CNSA, em comunicado.

Officials load the landing module of the Changíe-6 moon probe onto a truck after it landed in Inner Mongolia, in northern China on June 25, 2024. A Chinese probe carrying samples from the far side of the Moon returned to Earth on June 25, capping a technically complex 53-day mission heralded as a world first. (Photo by AFP) / China OUT
Officials load the landing module of the Changíe-6 moon probe onto a truck after it landed in Inner Mongolia, in northern China on June 25, 2024. A Chinese probe carrying samples from the far side of the Moon returned to Earth on June 25, capping a technically complex 53-day mission heralded as a world first. (Photo by AFP) / China OUT (./AFP)

Qual a importância desse retorno?

As expectativas para o estudo dessas amostras são altas. Embora regolitos lunares já tenham retornado antes, o solo da região mais distante da Lua parece ser mais antigo, com mais crateras e menos solos recentes moldados por erupções. O estudo de amostras dessa região deve ajudar a elucidar o porquê dessa diferença, assim como melhorar a compreensão da formação do satélite e do sistema solar.

Em 2020, a missão Chang’e-5 trouxe regolitos do lado mais próximo e permitiu que eles fossem estudados por um consórcio internacional de pesquisadores. Dessa vez, há uma imensa expectativa de que a cooperação com países não envolvidos na missão se repita, em benefício da ciência. “Esperamos sinceramente que tenhamos a oportunidade de repetir este trabalho nas amostras da Chang’e-6 nos próximos meses”, disse ao britânico The Guardian o pesquisador da Universidade de Manchester, Romain Tartèse

Continua após a publicidade

Como foi a missão? 1k2n63

O lançamento da Chang’e-6 ocorreu no dia 3 de maio. Após um mês de viagem, o pousador alunissou com sucesso na Bacia de Aitken, no Polo Sul do lado escuro do satélite, por meio de um sistema automatizado de pouso, para repetir o difícil feito de pousar no lado mais distante da Terra, como já havia sido feito pela Chang’e-4, em 2018. 

Como essa região é muito mais acidentada, um sistema visual automático de detecção de obstáculos foi acionado para auxiliar a descida. A 100 metros de altura, esse programa foi reforçado por um scanner 3D que ajudou a definir o local final de pouco. Depois disso, a sonda desceu verticalmente e a alunissagem suave foi auxiliada por um sistema de amortecimento. 

[videopress aN2ooyo5]

Continua após a publicidade

Ao longo de 14 horas, utilizando um braço robótico e uma broca mecânica, a sonda coletou cerca de dois quilos de material para trazer de volta à Terra. Após a coleta, a bandeira chinesa foi hasteada neste lado da Lua pela primeira vez. No dia 4 de maio o ascensor contendo as amostras decolou e se acoplou a um satélite artificial, que então iniciou seu retorno à Terra. 

Em que contexto ocorre essa missão? 6jnc

Essa missão é um marco para o programa espacial chinês e ocorre em meio a um acirramento da corrida espacial. Tanto os chineses quanto os americanos planejam levar tripulações e iniciar a construção de bases permanentes no satélite ainda nesta década, o que deve garantir um protagonismo nas missões espaciais. 

Em entrevista a VEJA, em 10 de Maio, o astrônomo da Academia Chinesa de Ciências, Jianzhong Liu, falou sobre os feitos do país. “A exploração lunar da China alcançou várias lideranças, incluindo o primeiro pouso suave no lado oculto da Lua e o primeiro retorno da amostra de basalto jovem. O atlas lunar também é atualmente o mais preciso. Portanto, a exploração lunar da China está em um nível de liderança mundial em certos campos”, disse. “O país, no entanto, ainda não alcançou o pouso lunar tripulado, e o número de variedades de amostras retornadas não são tão abundantes quanto ao dos Estados Unidos.”

Continua após a publicidade
CHANG’E-6 - China: pouso bem sucedido
CHANG’E-6 – China: pouso bem sucedido (CNSA/Divulgação)

Enquanto essa disputa ocorre, outros participantes também buscam um lugar na ciência espacial. Em 2023, a Índia se tornou o quarto país a conseguir realizar um pouso controlado no satélite e, no começo de 2024, o Japão também entrou para essa lista. Além deles, uma missão comercial conseguiu o feito pela primeira vez, inaugurando a participação de empresas privadas nesse disputadíssimo ra

 

Publicidade

Matéria exclusiva para s. Faça seu

Este usuário não possui direito de o neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu

ABRIL DAY

Digital Completo 3n1yv

o ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo 1k27o

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*o ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.