Ciência

Índia lança com sucesso missão que deve pousar na Lua em agosto i522j

Se bem-sucedido, país será apenas o quarto a realizar um pouso controlado no satélite 51261x

Por Luiz Paulo Souza SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 17 jul 2023, 17h22 - Publicado em 17 jul 2023, 13h59

SUCESSO - Chandrayaan-3: índia lança missão em direção ao polo sul da Lua — SUCESSO - Chandrayaan-3: Índia lança missão em direção ao polo sul da Lua (ISRO/Reprodução)

A Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO) lançou com sucesso a missão Chandrayaan-3, prevista para pousar no polo sul da Lua entre os dias 22 e 23 de agosto. Se bem-sucedido, o país será apenas o quarto a conseguir realizar uma descida controlada no satélite, atrás da antiga União Soviética, dos americanos e, mais recentemente, dos chineses.

A Índia já havia tentado fazer um pouso controlado em 2019, mas o projeto denominado Chandrayaan-2 falhou na alunissagem. A nova tentativa teve início na última sexta-feira, 14, com o lançamento da espaçonave LVM3 M4. Antes de partir em direção à Lua, o veículo fará cinco voltas em torno da Terra, o que garantirá propulsão suficiente para chegar ao satélite.

De acordo com o último comunicado da ISRO, a manobra para a realização da segunda órbita terrestre foi feita com sucesso e a missão segue como planejada. O objetivo é levar um pousador e um rover para estudar composição e características do solo, atividade sísmica e variação de radiação na região ao longo do tempo.

https://twitter.com/isro/status/1679808999481548801

Essa não será a única visita ao satélite realizada neste ano. Em abril, a empresa privada japonesa ispace falhou em tentar realizar o primeiro pouso comercial em solo lunar e, nos próximos meses, duas missões do Serviço Comercial de Carga Lunar da Nasa e uma viagem turística da SpaceX estão agendadas para acontecer.

Todos esses projetos fazem parte do que tem sido chamado de nova corrida espacial. Estados Unidos e China protagonizam essa empreitada, mas, em meio a disputa, países com pouca tradição como Índia e Emirados Árabes também tentam se destacar como novas potências da área.