#19 SEM FIO: Foi tudo pelos ares 4l28z
As redes wi-fi encurtaram as distâncias e já dão novo salto: transmitem também energia elétrica 673q2v
Por
SEGUIR
SEGUINDO
Atualizado em 4 jun 2024, 17h07 - Publicado em 21 set 2018, 07h00
Em 1892, o registro de patentes dos Estados Unidos recebeu um pedido esquisito: fio elétrico. A invenção, batizada de condutor elétrico por Thomas Edison, alardeava uma novidade estonteante — a capacidade de um fio, um pequeno e discreto fio, de conduzir eletricidade. Era o atalho para uma lista infindável de avanços tecnológicos que dependeriam de energia. Pois a criação revolucionária de Edison nasceu fadada a morrer. Em 1909, apenas dezessete anos depois do registro do fio, o sérvio-americano Nikola Tesla, em artigo publicado na revista Popular Mechanics, vaticinou o seguinte: “Em breve será possível transmitir, sem o uso de cabos, mensagens a todos os cantos do planeta de maneira tão simples que qualquer indivíduo poderá carregar e operar seu próprio aparelho”. Bingo. Só não foi exatamente “em breve”.
Em meados do século XX, através do campo das ondas eletromagnéticas, pelo qual viaja tudo o que não está fisicamente conectado, inclusive o velho telégrafo, surgiram novidades que nos acompanham na rotina de hoje: o rádio FM, a televisão, o GPS, o telefone celular e, finalmente, a internet sem fio. Hoje parece uma realidade estabelecida desde sempre, mas somente depois do ano 2000, com o lançamento dos primeiros roteadores wi-fi, foi possível ar a rede mundial de computadores sem estar plugado a um fio na parede.
Mais recentemente, as companhias de celular aumentaram a velocidade da conexão dos smartphones — a próxima geração, o chamado 5G, está a caminho. Em outro prenúncio feito há mais de 100 anos, Tesla decretou a morte da própria invenção de Thomas Edison: até a energia elétrica, preconizou ele, será transmitida sem fios. Pois bem. É outro vaticínio perto de se materializar. Já existe até um consórcio internacional destinado a padronizar os modelos de transmissão elétrica pelo ar. Será que, dentro de um século, os avós do futuro terão de explicar aos netos o que é um fio, um pequeno e discreto fio, assim como explicamos hoje o que é um relógio de bolso?
Publicado em VEJA de 26 de setembro de 2018, edição nº 2601
O valor salgado que a justiça precisou devolver a Gusttavo Lima
As falas absurdas de Léo Lins que o levaram à prisão
Chuva e queda de temperatura: as cidades que mais serão afetadas nesta sexta, 6, segundo o Inmet
A ironia da participação do dono da Cacau Show no MasterChef nesta semana
O golaço do Palmeiras junto à Receita Federal
O LIVRE COM VIVO FIBRA